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DESEMPENHO

Setor de serviços cresce 2,3% no 1º semestre, o pior resultado para o período desde 2012

A receita nominal do setor de serviços registrou um crescimento de 2,1% em junho frente a igual mês do ano anterior, anunciou nesta terça-feira o IBGE. Pelos dados do IBGE (que não levam em conta a inflação), no primeiro semestre, a taxa acumulada atingiu 2,3% — pior resultado semestral da série histórica, iniciada em 2012. Em 12 meses, o resultado é positivo em 3,5%.

O desempenho semestral de 2,3% é menos da metade do registrado no semestre imediatamente anterior, quando houve um crescimento de 4,7%. No primeiro semestre do ano passado, o acumulado no período foi de 8,7%.

O resultado de junho frente ao mês anterior foi melhor do que o registrado nos dois meses anteriores: 1,1% em maio e 1,7% em abril. A comparação com junho de 2014 mostrou que três dos cinco segmentos do setor de serviços cresceram: serviços profissionais, administrativos e complementares (5,9%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (4,4%), e outros serviços (0,4%). Já os serviços de informação e comunicação tiveram queda (-1,7%), enquanto os serviços prestados às famílias ficaram estagnados.

Primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) inclui as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores de saúde, educação, administração pública e aluguel imputado — o valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram.

O setor de serviços é um dos mais importantes na composição do Produto Interno Bruto (PIB), respondendo por cerca de 60% do chamado lado da oferta — formado também por indústria e agropecuária. O setor fechou 2014 com alta acumulada de 6%, a menor da série histórica. Em 2012, o faturamento dos serviços avançou 10% e, em 2013, 8,5%. Em maio, houve crescimento de 1,1% frente a igual mês do ano anterior.

Como a pesquisa é recente, o IBGE ainda não divulga números oficiais descontando a inflação. Com isso, os dados mostram apenas o aumento do faturamento, e não o avanço do volume de vendas.

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