O setor de serviços registrou em janeiro crescimento nominal de 1,6%, o pior desempenho da Pesquisa Mensal de Serviços, que tem dados desde janeiro de 2012, informou nesta terça-feira (17) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, a desaceleração foi ainda mais acentuada – expansão de apenas 0,1% (veja infográfico). Em época de crise de confiança e de ajuste fiscal, governo e empresas privadas estão cortando gastos com serviços avançados, como informática, telecomunicações, publicidade e engenharia.
Quando descontada a inflação acumulada no período, a receita do setor na verdade recuou 6,6% em janeiro, estimou a Tendências Consultoria Integrada. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula uma perda real de 7,1% no setor em relação a um ano antes.
A CNC alerta que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Serviços deve ficar negativo em 2015 pela primeira vez desde 1992. A estimativa atual é de uma alta de 0,2%, mas a previsão será revisada para baixo. “Com o dado de janeiro é possível que, em 2015, o PIB de serviços fique negativo”, confirmou Fábio Bentes, economista sênior da instituição.
O processo de redução na receita dos serviços é reflexo do enfraquecimento da demanda doméstica, apontou Rafael Bacciotti, analista da Tendências. “O quadro adverso é amplificado pelos efeitos que a contração da atividade industrial gera sobre alguns dos setores de serviços, como por exemplo os serviços de informação e comunicação, serviços técnico-profissionais e também serviços auxiliares aos transportes e correio”, enumerou.
Na visão do IBGE, as restrições orçamentárias nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal – contribuíram para a deterioração nos resultados. “Nós identificamos no mês de janeiro uma retração bastante significativa no setor de informação e comunicação. Tanto as empresas quanto o governo reduziram seus gastos em contratações, principalmente de serviços de informática. Foi um corte muito forte”, avaliou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
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