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A VarigLog terá de enfrentar mais uma barreira se quiser ver aprovada, pela assembléia de credores da Varig, sua proposta para ter a companhia aérea. Os sindicatos dos empregados da Varig não querem abrir mão do pagamento em um ano dos débitos que estão em recuperação judicial, no valor de R$ 168 milhões (cálculo reconhecido pela 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio).

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, os sindicatos vão exigir o cumprimento da lei nesse sentido.

- Vamos exigir que a Varig cumpra o artigo 54 da lei com o pagamento do crédito concursal (dentro da recuperação judicial) no prazo de um ano, como foi aprovado pelos credores. Isso faz parte da lei. Também não nos foi feita proposta de deságio. O fato é que nenhuma assembléia de credores pode passar por cima da lei - disse Graziella.

Os advogados dos sindicatos dos aeronautas e aeroviários participaram nesta quarta-feira de uma reunião com o empresário Lap Chan, principal executivo do fundo americano Matlin Patterson, um dos donos da VarigLog e advogados da ex-subsidiária da Varig, no Rio.

Segundo Graziella, Lap Chan deixou claro para os representantes dos trabalhadores que qualquer discussão sobre dívidas passadas da Varig será de responsabilidade da empresa antiga, que ficará em recuperação judicial e com os débitos. Lap Chan teria reforçado ainda que a nova Varig deverá começar suas atividades com 20 aeronaves e, para isso, seriam necessários 2,5 mil empregados.

Os sete mil restantes (pela conta dos sindicatos a Varig tem hoje 9,5 mil empregados) seriam dispensados pela antiga Varig, que arcaria também com as rescisões de contrato. A VarigLog se comprometeria a recontratar os funcionários da Varig de acordo com o crescimento da nova empresa.

Pelas contas da consultoria Deloitte, a antiga Varig teria mais uma dívida com a rescisão dos sete mil trabalhadores, no valor de US$ 65 milhões. Pelas contas do sindicato, além dos R$ 168 milhões e da dívida futura de US$ 65 milhões com os funcionários que não serão aproveitados na nova Varig, os empregados ainda teriam a receber créditos que chegam a R$ 500 milhões e não foram computados na recuperação judicial.

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