A greve dos Correios será mantida por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ) em assembleia na tarde desta segunda-feira (21), segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR). Cerca de 1,2 milhão de correspondências deixaram de ser entregues em todo Paraná.
Além disso, nesta segunda-feira (21) o Tribunal Superior do Trabalho (TST) concedeu liminar aos Correios sobre a ação impetrada na sexta-feira (18). O órgão determinou que 30% dos funcionários de cada setor continuem trabalhando. Se a determinação não for cumprida, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.
A assessoria dos Correios informou que se trata de uma medida preventiva, pois a greve atinge entre 10% e 30% de cada setor. Já o diretor do Sintcom-PR, Damião Jurandi, afirmou que a paralisação no setor de distribuição ultrapassa os 70% e que funcionários do setor administrativo serão remanejados para cumprir a determinação judicial. Com a liminar, também foi marcada uma audiência de conciliação no TST, que irá acontecer na quinta-feira (24), às 9h30, em Brasília.
De acordo com a assessoria dos Correios, não deve haver nova proposta e a empresa deverá levar a proposta apresentada na quinta-feira (17) para a mesa de negociações. Os Correios ofereceram proposta de reajuste salarial de 9%, a partir de 1º agosto, e aumento linear de R$ 100, a partir de janeiro de 2010. A proposta apresentada pela empresa valeria para dois anos (de 1º de agosto de 2009 até 31 de julho de 2011). No entanto, foi rejeitada na assembleia dos trabalhadores da quinta-feira (17).
Já o sindicato espera que as negociações avancem antes mesmo da audiência de conciliação da próxima quinta-feira (24). "Aguardamos uma nova proposta dos Correios antes da audiência e esperamos dar continuidade às negociações", disse o diretor do Sintcom-PR.
Segundo Jurandi, 20 dos 35 sindicatos dos trabalhadores dos Correios ainda estão em greve. Dessa forma, 15 votaram pelo retorno às atividades. Para que a greve seja encerrada 18 sindicatos precisam votar pelo fim do movimento ou haver nova proposta dos Correios que seja aceita pelos trabalhadores.
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