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COMBUSTÍVEIS

Sindicato dos postos não viu “aumento generalizado” em novembro

O Sindicombustíveis-PR, representante dos postos do estado, não notou um aumento generalizado nos preços da gasolina em Curitiba às vésperas do feriado de Finados, em novembro passado. Foi o que disse o sindicato em ofício enviado à Câmara Municipal no último dia 15, em resposta a um pedido de informações feito pelo vereador Professor Galdino (PSDB).

No documento, o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, argumenta que "não há dados concretos que comprovem a efetiva ocorrência" de um aumento generalizado na ocasião. "Não há dados ou estudos que indiquem quais postos aumentaram o preço na véspera do dia 02/11/2012 e qual foi o aumento", disse.

Embora o texto se prenda ao comportamento dos preços no dia 1.º de novembro, os primeiros reajustes ocorreram um pouco mais cedo, entre os dias 30 e 31 de outubro. No dia 31, o próprio Fregonese disse à Gazeta do Povo que desde a véspera estava havendo uma "readequação", após muitos meses de preços baixos causados pela concorrência entre os revendedores da capital e pela suposta venda de combustível abaixo do custo.

Mais adiante, o ofício enviado à Câmara afirma que os levantamentos semanais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) "demonstram que houve postos que aumentaram seus preços e outros que os mantiveram".

De fato, nem todos os revendedores reajustaram os preços no início de novembro, mas em pouco tempo a maioria aderiu aos novos patamares. Tanto que, segundo as mesmas pesquisas da ANP, em três semanas – entre o fim de outubro e meados de novembro – o preço médio da gasolina na cidade saltou de R$ 2,46 para R$ 2,85 por litro. No mesmo intervalo, a margem de revenda saltou de R$ 0,21 para R$ 0,55 por litro. Com isso, os postos de Curitiba, que antes tinham a menor margem dentre as 27 capitais do país, passaram à condição de mais lucrativos.

Desde então, os preços tiveram um leve recuo. Segundo a mais recente pesquisa da agência reguladora, na semana passada o preço médio era de R$ 2,82 e a margem de revenda, de R$ 0,44 por litro – a sexta maior entre as capitais.

Ao explicar à Câmara o porquê dos "eventuais reajustes", o Sindicombustíveis disse que "é razoável supor que (...) tenham a finalidade de assegurar a viabilidade econômica do empreendimento, bem como propiciar o retorno financeiro almejado pelo empreendedor".

Futuro dos preços

Questionado sobre a possibilidade de os preços da gasolina voltarem a cair, o Sindicombustíveis-PR disse no documento enviado à Câmara Municipal que "não dispõe de dados para avaliar a tendência dos preços para os próximos meses", embora tenha lembrado que "há uma demanda represada" nos valores cobrados pelas refinarias.

Dois dias após o envio do documento, Fregonese disse à Gazeta do Povo que, se a gasolina for reajustada em 7% na origem, o preço nas bombas deve subir 19 centavos por litro, por ser "impossível absorver qualquer situação de aumento".

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