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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, acusou o governo da Argentina de estimular setores da indústria daquele país a promoverem acordos de preços, prática considerada crime no Brasil. "Eu acho estranha essa atitude do governo argentino, porque não preserva os interesses do consumidor argentino", afirmou Skaf depois de participar de almoço oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no Palácio do Itamaraty.

O presidente da Fiesp acusou o governo argentino também de sobretaxar e abrir processos de dumping contra empresas brasileiras sem nenhum embasamento técnico. "Essas coisas têm de acabar. Eu aguardaria as próximas horas, os próximos dias, para ver se as atitudes mudam. Se mudarem, significa que houve um bom entendimento. Se não mudarem, significa que serão necessárias novas investidas, porque não podemos continuar vivendo com essas arbitrariedades", advertiu Skaf.

O dirigente elogiou a crítica feita pelo presidente Lula ao protecionismo, durante o almoço: "No discurso, o presidente criticou o protecionismo. Isso é um bom recado. Ele afirmou que a Argentina precisa 'respeitar o espírito' do Mercosul."

Paulo Skaf atacou a decisão dos argentinos de adotar o procedimento de licença não automática para as importações. "A empresa pede uma licença de importação, que deveria ser liberada em 60 dias. Mas, aí, se passam 70, 80, 120, 180 dias...Fica aquela embromação, e o importador e o exportador ficam sem saber em que momento o assunto será resolvido", reclamou o presidente da Fiesp.

Em outra queixa, Skaf afirmou que os argentinos estão abrindo processos de dumping já com a decisão política de sobretaxar, sem critérios técnicos. "É para impor qualquer coisa. Os argumentos técnicos ficam irrelevantes porque a decisão política é a de sobretaxar", atacou.

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