A bolsa brasileira volta a sentir os efeitos da turbulência internacional nesta segunda-feira (5). Acompanhando a tendência dos mercados externos, a Bovespa abriu o dia em forte queda, perdendo 2,73% em 15 minutos de negociação.

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Na semana passada, a instabilidade dos mercados derrubou a bolsa brasileira. Em cinco dias, acompanhando o movimento internacional, o Ibovespa acumulou perdas de 7,82%.

"Acho que não dá para prever ainda nem a intensidade nem até quando vai durar, muito provavelmente ao longo da semana vai ver muita volatilidade e possivelmente tendência de queda na Bovespa", Vladimir Caramaschi, economista-chefe da Fator Corretora. Queda generalizada

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As primeiras bolsas a abrir nesta segunda-feira já anunciavam um dia de fortes quedas. Em Tóquio, a bolsa japonesa teve a quinta baixa seguida, de 3,34%, e atingiu seu menor nível desde 12 de dezembro - o que acabou afetando as outras bolsas da região.

As outras bolsas do sudeste asiático também tiveram um dia de prejuízo, afetadas pela queda de Wall Street (-0,98%) na sexta-feira. A bolsa de Hong Kong fechou em forte queda de 4,0%, acompanhada pelas bolsas de Manila (-4,54%), Taipé (-3,74%), Seul (-2,71%), Sydney (-2,29%) e Wellington (- 1,57%).

A bolsa de Xangai, onde a tormenta mundial começou em 27 de fevereiro, com uma queda de 8,84%, encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,63%.

Mercado europeu

Na Europa, os mercados sentiram os efeitos da queda logo no início das operações e chegaram aos patamares mais baixos em três meses. Pouco após a abertura, o índice das principais ações européias, o FTSEurofirst 300, perdia 2,38%. Na Alemanha, o índice DAX perdia 2,38%, enquanto a bolsa da França caía 2,15%.

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"Parece que estamos começando a semana de onde deixamos a semana passada", afirmou Mike Lenhoff, estrategista-chefe do Brewin Dolphin. "Eu estimo que nós estamos na metade do caminho de uma correção de 10%", acrescentou.

Efeito Xangai

O nervosismo no mercado começou na terça-feira (27), quando a bolsa de Xangai (China) teve a maior queda da década, depois que rumores de que o governo interviria no mercado se espalharam entre os investidores chineses. Também há temores em relação a uma desaceleração na economia dos EUA.