| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O negócio de passeador de cachorros, do jeito antiquado e analógico, é imperfeito. Encontrar e avaliar um bom passeador exige uma pesquisa confusa e conflituosa na internet, e não há maneira confiável de afirmar se um serviço de passeio de cães é bom ou ruim. Chegar em casa e encontrar o cachorro vivo e tudo em ordem é praticamente o único critério de sucesso, a menos que a pessoa espie por meio de uma câmera ou do vizinho. Reconhecendo espaço para melhora desse serviço, pelo menos quatro startups financiadas por capitais de risco estão invadindo o mercado americano de passeio de cães.

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As startups funcionam como uma espécie de Uber para cachorros. Caminhando munidos de smartphones, os passeadores literalmente marcam para você em um mapa digital onde o bichinho parou, farejou e resolveu seus assuntos, dando um novo nível de detalhamento — talvez excessivo — à dúvida sobre se a caminhada foi, digamos, produtiva.

Este é o principal argumento de venda da Wag Labs, que opera em 12 cidades grandes, e da Swifto, que atua em Nova York desde 2012. Ambos os serviços monitoram a caminhada dos passeadores com seu cachorro por GPS, assim os clientes podem assistir à rota de seus bichos de estimação em tempo real nos aplicativos dedicados. Isso resolve uma questão incômoda do negócio: se a caminhada realmente aconteceu e qual foi sua extensão.

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Bicos

A DogVacay e a Rover são as outras duas startups que estão na guerra dos passeios de cães. Esses serviços não são nem de perto tão caprichosos em seus relatórios de status, mas são muito maiores e mais bem financiados. Juntas, as duas empresas captaram US$ 138,5 milhões de alguns dos investidores de risco mais influentes do Vale do Silício.

Ao programar uma caminhada, ambas as plataformas preenchem mapas com os passeadores das redondezas, que estabelecem seus próprios preços. Esta é uma adoção total, estilo Uber, da chamada economia de bicos. Enquanto a Swifto e outros serviços regionais contratam passeadores e exigem que eles se comprometam com um número mínimo de caminhadas, a DogVacay e a Rover estão voltadas aos amantes dos cachorros que querem ganhar alguns dólares extras em uma segunda-feira à tarde.

A esperança desse grupo de novas empresas é que a demanda por passeadores de cães seja, na verdade, muito maior do que parece. O CEO da Rover, Aaron Easterly, chama isso de “mercado paralelo”: pessoas que não confiam seus bichos a um estranho e, portanto, pedem favores a familiares e amigos ou simplesmente obrigam os animais a esperar algumas horas até a hora de sair.

“Se for possível superar a barreira da confiança e transformar isso em algo normal... acreditamos que será possível ampliar o tamanho do mercado”, explica Easterly.

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