O presidente da Comissão Bancária Suíça, Daniel Zuberbuehler, afirmou que não descarta a possibilidade de o banco UBS precisar de mais ajuda por parte do governo para superar a crise financeira, segundo informou o jornal SonntagsZeitung.
Zuberbuehler disse ao jornal que a ajuda de US$ 60 bilhões concedida ao UBS pelo governo suíço no mês passado estabilizou a situação de liquidez do banco. Entretanto, ele afirmou que "se você olhar para os desdobramentos do mercado, ainda está em aberto se o pacote de medidas será suficiente". Ele avaliou que o UBS é o maior banco da Suíça e, se enfrentar mais dificuldades o governo "pode ter que injetar mais capital".
Da ajuda de US$ 60 bilhões, cerca de US$ 5 bilhões serão usados para inflar as reservas do banco e US$ 54 bilhões, para ajudá-lo a se desfazer de ativos de alto risco. Os lucros da venda destes ativos serão divididos entre o Banco Nacional Suíço (o banco central do país) e o UBS. O porta-voz do UBS Dominique Gerster se recusou a comentar a questão, mas disse que o banco está em contato normal com a comissão bancária do país.
Para o presidente da comissão, é improvável que outro banco assuma o UBS, uma vez que um eventual comprador teria que adquirir todo o acordo de resgate, incluindo ações ilíquidas do UBS mantidas pelo BC suíço. Ele descartou uma fusão entre o UBS e o Credit Suisse, afirmando que os riscos de uma operação deste porte seriam muito elevados sob as condições atuais do mercado.
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