O novo presidente do Banco Central Europeu (BCE), o italiano Mario Draghi, 64 anos, assumiu o cargo ontem, e junto com ele o momento mais difícil da história do euro. Bem aceito por seus pares, a escolha do italiano parece ter agradado também ao mercado. Em meio à maior crise desde que o euro foi criado, em 1999, o italiano vai precisar restaurar a confiança do investidor na estabilidade da zona do euro, impedir o desastre financeiro do bloco e recolocar a economia de volta nos trilhos do crescimento sustentado. De quebra, terá de cumprir o principal objetivo do BCE: a estabilidade dos preços.
Qualidades profissionais nem sempre são suficientes para ocupar um cargo como o de presidente do BCE, principalmente quando se trata de crise soberana. Muitos acreditam que convém ser alguém capaz de fazer milagres. Por isso, o apelido "Super Mario", dado ao italiano em seus tempos de Goldman Sachs, vem sendo apontado como uma ajuda potencial, assim como sua experiência no mercado financeiro.
A principal questão que se coloca é: Draghi manterá o rigor de Jean-Claude Trichet ou adotará uma linha mais flexível para combater a turbulência e o risco de recessão no bloco? Especialistas avaliam que, exatamente pelo fato de ser italiano e para manter sua credibilidade, ele usará da severidade, em vez de colocar em prática flexibilidade capaz de ajudar a Itália e os países da periferia. "É uma ironia cruel que o euro possa ser abatido por um italiano tentando duramente ser um alemão", diz a The Economist.
“Ainda Estou Aqui” e Bolsonaro motivam STF a rever Lei da Anistia
Os “Soldados de Jesus” e o primeiro traficante brasileiro que pode ser enquadrado como terrorista
Armadilha contra a vida: como Hollywood faz propaganda abortista em filmes e séries
Como o retorno de Trump ao poder está “ressuscitando” o Partido Liberal no Canadá
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast