O brasileiro David Neeleman, fundador da Azul que comprou a TAP em sociedade com um empresário português, afirmou nesta quarta-feira (24) que pretende expandir as operações da aérea para 10 novos destinos nos Estados Unidos e “oito ou dez” no Brasil, para atrair mais passageiros desses países para a Europa.
Atualmente, a TAP opera diretamente voos para Newark, em Nova Jersey, e para Miami. No Brasil opera voos para 11 destinos. “Vamos expandir muito para os Estados Unidos, há muitas oportunidades lá e no Brasil”, disse o empresário.
Humberto Pedrosa, o sócio de Neeleman, afirmou que o objetivo dos novos donos é transformar a empresa na melhor da Europa. O acordo de compra foi assinado nesta quarta com o governo português.
Segundo Neeleman, os novos donos pretendem injetar capital na empresa, que tem mais de 1 bilhão de euros em dívidas. O consórcio Atlantic Gateway vai investir até 800 milhões de euros na companhia.
Negócio
Pedrosa é presidente do grupo de transportes português Barraqueiro, que detém 50,1% do consórcio vencedor, o Gateway, cumprindo o requisito da nacionalidade europeia obrigatório para quem controla companhias aéreas. A holding DGN, do brasileiro-americano Neeleman, detém os outros 49,9%. Eles pagarão EUR 354 milhões por 61% da aérea.
Na cerimônia de assinatura, o ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou que o governo “fez o que tinha de ser feito, para bem da TAP e da nossa economia”. “Para continuar a voar mais longe a TAP precisa de capital, para se modernizar, para ter mais e melhores aviões, para ter mais rotas e servir melhor.”
O atual presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou que se vai manter à frente da empresa durante a passagem para os novos donos, deixando em aberto o que acontecerá depois.
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