A expansão forte do investimento entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano elevou a taxa de investimento nacional a 18% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas esse avanço não é suficiente para sustentar o crescimento da capacidade de produção das empresas e, portanto, da economia sem uma forte pressão inflacionária.

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Nem as estimativas otimistas do BNDES apontavam para esse resultado, mas os técnicos do banco calculam que, para manter um ritmo de crescimento econômico anual entre 5% e 5,2%, o país precisa de uma taxa de investimento de 22% do PIB. O banco projeta para 2012 esse patamar de investimento, mas o mercado considera essa estimativa também otimista.

Entre os parceiros do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil tem a menor relação de investimento em relação ao PIB. No ano passado, marcado pela lenta recuperação da crise econômica mundial, a China registrou taxa de investimento de 43%; a Índia, 34%, e a Rússia, 20%. No Brasil, essa relação havia despencado para 16,7% do PIB.

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Para Marcelo Nascimento, economista da área de pesquisa econômica do BNDES, os números do IBGE confirmam o restabelecimento das condições anteriores à crise, mas ele admite que ainda é pouco para a expansão segura da economia. O banco revisou ontem de 18,6% para 19% do PIB a sua projeção da taxa de investimento na economia em 2010, mesmo nível do pré-crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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