| Foto: Alan Marques/Folhapress

Preocupado com informações sobre eventuais medidas econômicas que poderá implementar, caso o Senado determine o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer agendou reunião nesta segunda-feira (2) de sua equipe com Henrique Meirelles para unificar o discurso da economia.

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Segundo assessores, Temer quer passar o recado interno de que o responsável pela área econômica será o ex-presidente do Banco Central e que qualquer medida só pode ser ventilada caso tenha a concordância dele e de Meirelles – o nome do peemedebista para ocupar o Ministério da Fazenda.

Nas palavras de Temer, Meirelles será o “fiador” da economia e, por isto, a última palavra dentro da equipe é dele em assuntos econômicos.

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Nos últimos dias, o vice-presidente ficou preocupado com a profusão de informações sobre economia que saíram na imprensa mesmo antes de o Senado aprovar a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma. Além disso, ele também não gostou do que foi publicado porque, segundo assessores, a maior parte dos assuntos não havia sido discutido e definido por ele.

Além de Temer e Meirelles, participam da reunião, às 16h no Palácio do Jaburu, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), e os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Os três farão parte da futura equipe do vice-presidente caso Dilma seja afastada da Presidência, o que pode acontecer na próxima semana.

Entre os temas que incomodaram Temer, estão, por exemplo, informações sobre sua disposição de aumentar impostos e os benefícios do Bolsa Família. No caso do primeiro tema, o vice já deu entrevistas dizendo que sua intenção é optar por cortes, mesmo que “radicais”, antes de qualquer outra definição. E, nos últimos dias, foram publicadas notícias de que ele já estaria inclinado a aumentar tributos.

Sobre o Bolsa Família, a equipe de Temer atribui à decisão da presidente Dilma de anunciar o reajuste médio de 9% porque ela ficou sabendo, pelos jornais, que o peemedebista estaria preparando a mesma medida assim que assumisse o governo.

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