O Tesouro Nacional conseguiu captar US$ 500 milhões de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 5,202% ao ano - o menor valor da história para papéis em dólar com prazo de 30 anos. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2041, feita hoje (14).
O governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a 30 anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 5,202% ao ano.
Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Para papéis de 30 anos, a menor taxa até agora tinha sido de 5,8% ao ano, obtida com a captação de US$ 1,275 bilhão em setembro de 2009. A menor taxa da história é de 4,547% ao ano na captação de US$ 825 milhões em julho deste ano, mas os títulos só tinham prazo de dez anos.
A emissão de hoje é o terceiro lançamento de títulos da dívida externa no ano. As outras operações ocorreram em abril e julho.
Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.
O Tesouro poderá ainda ofertar mais US$ 50 milhões ao mercado asiático. O resultado final da emissão será anunciado depois de concluída a oferta naquele mercado. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais no próximo dia 21.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast