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Telefonia

TIM aposta em iPhone e margens maiores no final do ano

Depois de mostrar recuperação da rentabilidade e redução da inadimplência no balanço do terceiro trimestre, a TIM espera elevar ainda mais a margem no quarto trimestre do ano e tem a esperança de trazer o iPhone ao seu portfólio de Natal.

A companhia, terceira maior operadora de celular do país em número de clientes, reverteu o prejuízo do ano passado e do trimestre anterior com um lucro de 22,5 milhões de reais entre julho e setembro deste ano.

Nesse período, a margem Ebitda foi de 23,8 por cento das receitas. A companhia fez uma estimativa de manter, na média do ano, uma margem Ebitda entre 22 e 22,5 por cento. Para isso, ela terá de apresentar índice de 26 por cento nos três últimos meses do ano.

O presidente da operadora, entretanto, acredita que será possível, mesmo em um período de fortes promoções de Natal e depois da entrada de novas operadoras no mercado (Oi e "aeiou" em São Paulo e Vivo no Nordeste).

"Estamos confiantes de atingir a margem estimada", disse Mario Cesar Pereira de Araujo, em teleconferência com os jornalistas.

Segundo ele, o controle dos gastos e a seletividade na adição de novos clientes devem garantir a conquista da meta.

Iphone no Natal

O executivo afirmou que, no que depender do seu empenho, os assinantes da TIM terão o iPhone da Apple até o Natal.

Até o momento, só as duas maiores operadoras do país têm acordos com a Apple para vender o modelo, cujo lançamento atraiu filas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

Vivo e Claro vendem o iPhone desde o final de setembro, mas ainda não revelaram quantos modelos já teriam sido comercializados até agora.

"Se depender de mim, antes do Natal nossos clientes já vão ter o iPhone", disse Araujo. Ele explicou, entretanto, que a operadora e a fabricante têm "um acordo de não divulgação" dos detalhes da negociação que faz parte das cláusulas contratuais.

"São discussões muito prolongadas, mas tenho fé e acredito que até o Natal poderemos ter", reiterou. Segundo Araujo, a idéia da TIM é vender o modelo tanto para os atuais clientes como para novos assinantes.

A Vivo começou as vendas do iPhone só para clientes de alto valor, enquanto a Claro abriu a comercialização para qualquer cliente.

A controladora da TIM, a Telecom Italia, é a parceria exclusiva da Apple na venda do iPhone em seu país. De acordo com Araujo, "não está faltando praticamente nada para a assinatura" do contrato com a operadora brasileira.

Rede própria

Para reduzir a dependência do aluguel de terceiros e se preparar para o aumento do tráfego de dados, a TIM deu início, no terceiro trimestre, à construção de uma infra-estrutura própria de fibras ópticas.

O projeto, segundo a companhia, começou no Rio de Janeiro, onde ela promoveu uma licitação e selecionou, como fornecedora de equipamentos, a Alcatel-Lucent.

Nesse projeto a TIM vai investir 40 milhões de reais até o final do ano.

Em 2009, entretanto, São Paulo e outras cinco cidades receberão rede própria. A licitação em São Paulo já começou, mas não dará tempo de estar concluída até o final deste ano, segundo Araujo.

Segundo ele, "os custos da cessão de meios são extremamente altos". Por isso, em cidades onde o tráfego tem crescido muito rapidamente, como São Paulo, a empresa considera mais interessante montar sua própria estrutura.

Em São Paulo, segundo Araujo, o tráfego de dados no celular já é igual ao de voz, sendo que a oferta de linhas de voz começou cinco anos antes.

Dos 35,2 milhões de assinantes da TIM ao final do terceiro trimestre, 1 milhão já utiliza serviços de terceira geração, segundo a companhia, fase em que o tráfego de dados aumenta porque o celular passa a oferecer conexões mais velozes à Internet.

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