O mês de dezembro começou com deflação no índice usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel. Na primeira prévia de dezembro, o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) ficou em -0,16%, abaixo da taxa de -0,10% registrada no mesmo período de novembro.
No ano, o indicador acumula deflação de 1,63% - a mesma taxa acumulada em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com queda acentuada de preços, o tomate e o leite foram os principais responsáveis pelo novo recuo no IGP-M. No varejo, o tomate ficou 22,82% mais barato, enquanto o preço do leite longa vida caiu 3,52%. No atacado, as quedas foram ainda maiores, de 36,68% no preço do tomate e de 5,64% no leite in natura.
Entre os três índices que compõem o IGP-M, no entanto, o recuo veio apenas do atacado as inflações para o consumidor e a da construção ficaram maiores na comparação com a primeira prévia de novembro.
Na passagem de novembro para dezembro, a primeira prévia do Índice de Preços por Atacado (IPA) recuou de -0,14% para -0,35%. No corte por origem o recuo veio dos produtos agropecuários, que ficaram 1,09% mais baratos, seguindo uma alta de 0,73% no mês anterior. Já os produtos industriais, que haviam registrado deflação de 0,42% no mês passado, caíram menos, 0,10%, este mês.
Preços ao consumidor e da construção têm alta
Após uma deflação de 0,06% na primeira prévia de novembro, os preços ao consumidor voltaram a registrar alta, de 0,13%, com destaque para o grupo alimentação, cuja deflação perdeu força e passou de -0,81% para -0,24%.
Também ficaram maiores na mesma comparação as taxas dos grupos vestuário (de 0,15% para 1,16%), despesas diversas (de â0,36% para 0,11%) e habitação (de 0,12% para 0,21%). Em contrapartida, ficaram menores as taxas dos grupos transportes (de 0,73% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 0,30% para 0,21%) e educação, leitura e recreação (de 0,23% para 0,20%).
Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou no primeiro decêndio de dezembro taxa de 0,28%. No primeiro decêndio de novembro, a taxa foi de 0,04%.