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Tóquio

Toyota eleva previsão de prejuízo anual para US$4,95 bi

A maior montadora de veículos do mundo tenta cortar sua produção para se enquadrar à queda nas vendas globais | Issei Kato/Reuters
A maior montadora de veículos do mundo tenta cortar sua produção para se enquadrar à queda nas vendas globais (Foto: Issei Kato/Reuters)

A Toyota Motor previu um prejuízo anual muito maior que aquele que havia estimado há apenas seis semanas. A maior montadora de veículos do mundo tenta cortar sua produção rápido o bastante para se enquadrar à grande queda nas vendas globais.

A Toyota iniciou o atual ano fiscal com uma previsão otimista de produzir 8,87 milhões de veículos nos 12 meses seguintes até o final de março. Nesta sexta-feira (6), porém, a empresa informou que prevê a produção em 7,08 milhões, queda de um quinto depois que a empresa colocou cerca de 30 por cento de suas linhas de produção sob apenas um turno.

"O ambiente de vendas piorou dramaticamente no mês passado nos principais mercados do Japão, América do Norte e Europa", disse o vice-presidente-executivo da montadora, Mitsuo Kinoshita.

Para o ano até final de março, a Toyota espera agora um prejuízo operacional de 450 bilhões de ienes (4,95 bilhões de dólares), três vezes maior do que tinha estimado no final de dezembro, mas desta vez dentro da média das previsões de 18 analistas consultados pela Reuters Estimates.

A Toyota alterou sua estimativa de desempenho anual de um lucro de 50 bilhões de ienes para um prejuízo de 350 bilhões de ienes. O prejuízo será o primeiro a ser registrado pela montadora desde 1950.

No terceiro trimestre fiscal, entre outubro e dezembro, a Toyota teve um prejuízo operacional de 360,6 bilhões de ienes ante lucro um ano antes de 601,6 bilhões de ienes.

O prejuízo líquido do trimestre passadou somou 164,6 bilhões de ienes contra ganho um ano antes de 458,7 bilhões de ienes. A receita despencou 28 por cento, para 4,8 trilhões de ienes.

"Isso é absolutamente terrível", disse Yoshinori Nagano, estrategista-chefe da Daiwa Asset Management.

"Mas as expectativas sobre as medidas econômicas dos Estados Unidos e sua efetividade têm apoiado a ação da companhia e isso deve continuar mesmo depois do resultado. Ainda assim, se algo der errado nesse sentido, a ação pode ser abatida de novo."

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