Líderes sindicais metalúrgicos da Grande Curitiba e ABC paulista se reuniram na tarde desta sexta-feira (5), em São Paulo, para discutir as ações que a categoria deve tomar em relação ao anúncio da Volkswagen sobre as demissões em massa. Uma das propostas é um paralisação mundial durante um dia.

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Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, os sindicatos não irão negociar as demissões nem flexibilizar os direitos trabalhistas. Butka afirmou, em nota, que não estão descartadas paralisações, protestos e greves em nível nacional. O sindicato também não irá atender o pedido da empresa para que os trabalhadores façam hora extra e formem estoques de carros.

A sugestão de uma greve mundial será levada ao encontro mundial de trabalhadores da Volkswagen, que ocorre na semana que vem em Wolfsburg, na Alemanha. No encontro em São Paulo ficou definido que todas as ações dos sindicatos serão unificadas. Hoje, trabalham quatro mil trabalhadores na fábrica de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, cinco mil em Taubaté (São Paulo), 12 mil em São Bernardo do Campo (São Paulo), 500 em Resende (Rio de Janeiro) e 500 em São Carlos (São Paulo). No mundo, são 47 fábricas em 19 países, totalizando 345 mil trabalhadores.

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Demissões

A Audi-Volkswagen no Paraná foi inaugurada em janeiro de 1999 e atualmente tem quatro mil trabalhadores diretos. A fábrica é considerada moderna para os padrões mundiais, porque emprega na produção alta tecnologia.

No ano passado, a empresa transferiu para São Bernardo do Campo, em São Paulo, a linha de produção do Fox europeu, o que significa menos cem mil unidades fabricadas na região de Curitiba.

Na quarta-feira, o presidente da Volks do Brasil não falou em números, mas disse que o plano de reestruturação da companhia prevê demissões e o fechamento de uma das quatro fábricas no país. Apenas a unidade de Resende, no Rio de Janeiro, que fabrica caminhões, não correria esse risco.

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