Mais uma vez a decisão sobre o início da greve dos funcionários dos Correios no Paraná foi adiada. Em assembléia nesta quinta-feira, os funcionários paranaenses rejeitaram por ampla maioria a proposta feita pela empresa na quarta-feira, e decidiram manter o chamado estado de greve, quando todos se mobilizam para uma possível paralisação. Porém, o sindicato da categoria no Paraná irá aguardar a decisão nacional, que só deve sair nesta sexta.

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De acordo com o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), Sebastião Cruz, a greve só irá acontecer se pelo menos 18 dos 33 sindicatos do país rejeitarem a proposta. "Nós rejeitamos, mas é difícil um sindicato apenas manter uma greve como essa. Vamos esperar a decisão da executiva nacional".

No documento enviado pelos Correios ao comando de greve, a empresa ofereceu um reajuste de 9,18%, que seriam pagos em duas parcelas (6% já em outubro e mais 3,18% em março), mais vale alimentação de 15 reais, cesta básica de R$ 90,00, um abono de R$ 800,00, um ticket alimentação extra em dezembro (no valor de R$ 345,00), isonomia de anuênios e a gratificação de férias, fixando o valor em 70%.

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"Acredito que houve avanço nas negociações, mas a proposta de reajuste ficou muito aquém do que os trabalhadores querem", explicou o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos.

A categoria reivindica, além da reposição salarial dos últimos doze meses, 16% de aumento real e reajuste de 44,64%, relativo às perdas salariais acumuladas desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A primeira proposta dos Correios foi de 5% e abono salarial de R$ 800.

No Paraná existem 5.800 trabalhadores nos Correios, dos quais 3.500 que trabalham na parte operacional. Segundo Santos, o objetivo da greve, se ela realmente começar, é atingir 90% destes funcionários operacionais.

Em 2005...

No ano passado as negociações entre trabalhadores e os Correios foram bem complicadas. De 13 até 22 de setembro a greve da categoria chegou a prejudicar a distribuição de correspondências em várias cidades do país, inclusive Curitiba.

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Uma decisão nacional pôs fim à paralisação com o acordo que concedeu reajuste de 8,5% (retroativo a 1.° de agosto daquele ano), pagos até o mês de janeiro de 2006, e outro aumento de 3,61% a partir de fevereiro. Além disso os funcionários receberam um abono salarial de R$ 800.