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Correios

Trabalhadores rejeitam proposta, mas adiam decisão sobre greve

Atualizado em 13/09/2006, às 21h12

Os trabalhadores dos Correios em todo o Brasil adiaram para esta quinta-feira a decisão de entrar, ou não, em greve nacional da categoria. Em assembléia realizada em Curitiba, na noite desta quarta, a maioria dos trabalhadores rejeitou a nova proposta feita pela empresa no final da tarde. O novo encontro será realizado às 18h30 desta quinta, mas se pelo menos 18, dos 33 sindicatos no país, decidirem aceitar a proposta, a greve não acontecerá.

No documento enviado pelos Correios ao comando de greve a empresa oferece um reajuste de 9,18%, que seriam pagos em duas parcelas (6% já em outubro e mais 3,18% em março), mais vale alimentação de 15 reais, cesta básica de R$ 90,00, um abono de R$ 800,00, um ticket alimentação extra em dezembro (no valor de R$ 345,00), isonomia de anuênios e e gratificação de férias, fixando o valor em 70%.

"Nos decidimos rejeitar a proposta feita pela empresa, mas ainda não deflagramos a greve. Acredito que houve avanço nas negociações, mas a proposta de reajuste ficou muito aquém do que os trabalhadores querem", explicou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), Nilson Rodrigues dos Santos.

A categoria reivindica, além da reposição salarial dos últimos doze meses, 16% de aumento real e reajuste de 44,64%, relativo às perdas salariais acumuladas desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A primeira proposta dos Correios foi de 5% e abono salarial de R$ 800.

No Paraná existem 5.800 trabalhadores nos Correios, dos quais 3.500 que trabalham na parte operacional. Segundo Santos, o objetivo da greve, se ela realmente começar, é atingir 90% destes funcionários operacionais.

Em 2005...

No ano passado as negociações entre trabalhadores e os Correios foram bem complicadas. De 13 até 22 de setembro a greve da categoria chegou a prejudicar a distribuição de correspondências em várias cidades do país, inclusive Curitiba.

Uma decisão nacional pôs fim à paralisação com o acordo que concedeu reajuste de 8,5% (retroativo a 1.° de agosto daquele ano), pagos até o mês de janeiro de 2006, e outro aumento de 3,61% a partir de fevereiro. Além disso os funcionários receberam um abono salarial de R$ 800.

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