Os trabalhadores da fábrica Volkswagen/Audi recusaram a proposta da empresa, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (17), e a greve continua por tempo indeterminado na unidade que fica em São José dos Pinhais, na região metropolitana. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a empresa havia proposto reajuste de 7,57% de INPC (um dos índices que mede a inflação) mais 3% de aumento real, além de R$ 2 mil de abono.

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No entanto, os 3.700 trabalhadores querem discutir a grade salarial para que tenham um plano de cargos e salários na fábrica, assim como é feito em São Paulo. "A empresa não quer discutir isso e dessa forma os trabalhadores recusaram a proposta", explicou Osvaldo da Silva Silveira, diretor do SMC.

Silveira afirmou que os funcionários aguardam uma nova proposta da empresa. Nesta quinta-feira (17) a greve entrou no 12.º dia de paralisação. "Durante esse tempo nenhum carro foi produzido. Em média, a fábrica produzia 850 carros por dia", explicou o diretor do SMC. Na manhã de sexta-feira (18) será realizada mais uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), às 10 horas, para tentar um acordo entre os funcionários e a empresa.

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Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Volkswagen afirmou que não vai comentar a paralisação.

Fim de greve

Ao contrário da Volks/Audi, os trabalhadores da Renault, de São José dos Pinhais, e da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, decidiram acabar com as paralisações na manhã de quarta-feira (16). Depois de 12 dias de paralisação e duas audiências de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Renault acabou cedendo e aceitou dar um reajuste de 8,62% para os trabalhadores, além de abono de R$ 2 mil já neste mês de setembro.

No caso da Volvo, a empresa não chegou ao índice reivindicado pelos trabalhadores, mas uma nova proposta apresentada na manhã de quarta foi suficiente para os metalúrgicos concordarem com o fim da greve.

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