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A Transpetro, subsidiárias da Petrobras para o setor de transportes, informou neste domingo (27) em nota que suspendeu a execução dos Contratos de Compra e Venda de 16 dos 22 navios petroleiros encomendados ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Na última sexta-feira, o estaleiro entregou, com atraso de dois anos, o primeiro petroleiro do lote encomendado, o "João Cândido". O lançamento ao mar contou com a presença da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, mas a presidente Dilma Rousseff, convidada, não participou da cerimônia. Dilma havia comparecido, como candidata à presidência do primeiro "lançamento" do navio, em 2010.

Os petroleiros integram o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobras (Promef). De acordo com a Transpetro, mais de dois terços dos contratos firmados com o Atlântico Sul permanecerão suspensos até o dia 30 de agosto de 2012, prazo em que o estaleiro terá de comprovar o cumprimento das três exigências: apresentar um parceiro técnico com comprovada experiência na construção de navios; um plano de ação e cronograma confiável de construção dos navios, e um projeto de engenharia para os navios que atenda às especificações técnicas contratuais.

Em entrevista na sexta-feira, após a cerimônia oficial, o presidente da Transpetro anunciou que o EAS seria multado por atraso na entrega do João Cândido, mas não especificou o valor da penalidade. Na nota distribuída neste domingo, a Transpetro informou que, caso o estaleiro não cumpra as exigência no prazo estipulado, "os Contratos de Compra e Venda dos navios poderão ser rescindidos, mantida a possibilidade de aplicação de sanções previstas nos contratos".

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