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O governo da Ucrânia solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a liberação de um empréstimo de US$ 2 bilhões que seria utilizado no pagamento de dívidas do país - entre elas a do gás fornecido pela Rússia - e na cobertura de despesas orçamentárias. Segundo o vice-primeiro-ministro ucraniano, Hryhoriy Nemyria, o pagamento de dívidas nos próximos três meses será "extremamente difícil" sem o empréstimo. "Devido à situação na região, é muito importante manter a estabilidade nos próximos três a quatro meses, de forma a impedir efeitos secundários nos países vizinhos", afirmou Nemyria, após uma reunião nesta semana com o conselho executivo do FMI em Washington.

A possibilidade de a Ucrânia não pagar o gás fornecido pela Rússia eleva os receios de mais uma crise relacionada ao combustível. Parte do gás consumido na Europa é transportado pelo território ucraniano e, se não houver o pagamento da dívida, a Rússia provavelmente interromperá o suprimento do combustível à Ucrânia, como fez em ocasiões anteriores, o que pode impactar as economias europeias.

O FMI já desembolsou quase US$ 11 bilhões em empréstimos para a Ucrânia desde a segunda metade do ano passado, mas suspendeu um crédito de US$ 3,8 bilhões ao país, cobrando maior rigor do governo na imposição de metas de redução do déficit orçamentário de 2010. Em outubro, o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, assinou uma lei elevando o valor das pensões e salários do país.

Segundo Nemyria, o orçamento da Ucrânia para 2010 dificilmente será aprovado antes do final deste ano. As informações são da Dow Jones.

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