Os ministros das Finanças da União Europeia se reuniam nesta terça-feira para discutir a economia do bloco, e os mercados devem reagir agressivamente à decisão da zona do euro de não adotar novas medidas para combater a crise de dívida.
Após uma reunião de cinco horas, os 16 ministros da zona do euro disseram que tomariam medidas adicionais para impedir o espalhamento da crise, dizendo que o fundo de emergência existente é grande o bastante e que a proposta de bônus conjuntos da zona do euro nem foi considerada.
"Nós não temos novas decisões para anunciar a vocês", declarou Jean-Claude Juncker, chairman do Eurogroup.
Os ministros concentraram suas discussões em Espanha e Portugal, falando com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sobre a situação econômica geral da Europa.
As conversas desta terça-feira envolverão todos os 27 ministros das Finanças da UE. A crise de dívida deve ter um papel importante nas discussões, mas outros assuntos também estão na agenda, como o Orçamento da UE, a coordenação econômica da região e o imposto sobre valor agregado.
Na reunião da zona do euro, a chanceler alemã, Angela Merkel, foi fortemente contra um fundo de resgate maior, opondo-se também à emissão de bônus da zona do euro. Outras autoridades também rejeitaram as propostas.
"Eu não vejo necessidade, neste momento, de aumentar o fundo", disse Merkel a jornalistas em Berlim. "Apenas uma porcentagem muito pequena dele foi usada."
Merkel foi apoiada pelo ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, que considerou prematuro discutir o que aconteceria se o fundo - criado em maio após a Grécia receber um resgate de 110 bilhões de euros - ficar sem dinheiro.