A Unimed Curitiba, maior cooperativa de saúde do Paraná, completou 45 anos em agosto com a marca de 40% de participação no mercado local. O percentual foi atingido em um momento delicado para o setor de saúde, que tem assistido a uma queda no número de pessoas atendidas por planos e seguros devido à crise econômica.
No caso da Unimed Curitiba, a crise levou a uma queda de 2,5% no número de pessoas com cobertura do plano de saúde desde dezembro, um desempenho melhor do que o restante do mercado local, que observou uma retração de 3,5%. Ao todo, são mais de 550 mil pessoas atendidas pela cooperativa na cidade e região metropolitana.
De acordo com o diretor-presidente da cooperativa, Alexandre Bley, o encolhimento do mercado foi natural e aconteceu em virtude da diminuição nos números de planos empresariais. “A redução se deu por conta das empresas que deixaram de ter contrato, ou até mesmo que mantiveram o benefício mas reduziram o quadro de funcionários por causa da crise,” explica Bley.
Mesmo em um cenário difícil, a cooperativa manteve investimentos e não abriu mão do desempenho operacional – o faturamento líquido cresceu 12%, em comparação com o mesmo período no ano passado. Recentemente, foi inaugurada uma unidade do Unimed Laboratório com mais de 2 mil m² e capacidade para atender 700 mil pacientes. Segundo Alexandre Bley, a decisão pela expansão da capacidade laboratorial da cooperativa foi resultado de um projeto para ter maior suficiência e velocidade nos exames. “O beneficiário ganhou com uma rede maior de atendimento diferenciado e com mais rapidez no resultado dos exames, já que 90% deles são feitos aqui, na própria megaunidade,” comenta.
Acreditamos na retomada do mercado, com o setor da saúde entrando novamente em um estágio de crescimento.
Confiança e qualidade em foco
As melhorias apresentadas pela cooperativa, para Bley, tornam a confiança do cliente um dos maiores diferenciais da Unimed Curitiba, mesmo depois da falência da Unimed Paulistana, registrada em setembro do ano passado. A queda da cooperativa na capital paulista, apesar de ser responsável por um impacto negativo para a marca, não causou prejuízos maiores, já que cada unidade opera com independência administrativa e financeira.
A principal dificuldade proporcionada pelo episódio foi a impossibilidade de atendimento enfrentada pelos beneficiários curitibanos, quando em viagens a São Paulo. No entanto, a participação de outras unidades também presentes na capital paulista – como a Central Nacional Unimed e a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo – fez com que o problema fosse solucionado, e o atendimento aos pacientes regularizado.
O resultado, segundo Bley, é uma restauração da confiança dos beneficiários, traduzida em um índice de satisfação de cerca de 90% obtido na última pesquisa realizada, há pouco mais de 2 meses. Este fator, aliado à definição do contexto político-econômico nacional, faz com que a cooperativa olhe para o futuro com otimismo. “Acreditamos na retomada do mercado, com o setor da saúde entrando novamente em um estágio de crescimento,” finaliza.
