A Vale segue como a maior exportadora brasileira, de acordo com dados do primeiro semestre do ano divulgados nesta terça-feira (21) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Com a pressão negativa do preço do minério de ferro, que bateu valores mínimos em anos, as exportações da companhia caíram pela metade no período analisado, indo para US$ 5,697 bilhões, ante um valor de US$ 11,256 bilhões observado um ano antes.

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Com essa forte retração, a diferença de valores exportados entre a Vale e Petrobras, a segunda no ranking, caiu. A petrolífera, que no passado já se posicionou como primeira colocada até perder a colocação para a Vale, exportou US$ 4,716 bilhões de janeiro a junho, recuo de cerca de 21%, na mesma comparação.

Considerando apenas o mês de junho as exportações da Vale atingiram R$ 945,161 milhões, caindo 48,7% na comparação anual.

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A derrocada do preço do minério de ferro segue em curso desde o ano passado, atingindo níveis mais baixos em cerca de dez anos. Hoje o preço do insumo no mercado à vista chinês está em US$ 52,1 a tonelada, sendo que no mesmo dia do ano passado estava em US$ 96 a tonelada. Já no início de 2014, o minério de ferro estava cotado em US$ 135 a tonelada.

Por conta do cenário dos preços, a Vale anunciou na semana passada que iria retirar uma capacidade de 25 milhões de toneladas do mercado, referente a uma matéria-prima de pior qualidade. Apesar disso a companhia reafirmou que para este ano sua meta de produção de 340 milhões de toneladas está mantida. A mineradora planeja chegar em 2018 com uma capacidade de produção de 450 milhões de toneladas.

Ranking

Depois de Vale e Petrobras estão no ranking de maiores exportadoras a Bunge, Cargill, ADM do Brasil, JBS, Embraer e BRF. No primeiro semestre, as exportações brasileiras somaram US$ 94,329 bilhões, recuo de 14,66%. Em junho, as exportações brasileiras chegaram em US$ 19,628 bilhões, queda de 4,1%.