Vendas de móveis e eletrônicos estão em queda no Paraná.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

As vendas no varejo do Brasil decepcionaram e recuaram 0,4% em abril sobre o mês anterior, terceiro mês seguido de queda refletindo a fraqueza que vem abatendo a economia do país. Essa foi a maior queda mensal para um mês de abril desde 2003, quando as vendas também recuaram 0,4%.

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Na comparação com o mesmo mês de 2014, as vendas varejistas caíram 3,5%, também o pior resultado para abril nessa base de comparação desde 2003, informou o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta terça-feira (16).

O IBGE ainda revisou a leitura de março sobre fevereiro para mostrar recuo de 1,0% contra queda de 0,9% divulgada antes. E também piorou o número de março sobre o mesmo mês do ano anterior para alta de 0,3%, contra 0,4% divulgado anteriormente.

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De acordo com o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram queda mensal no volume de vendas em abril, com destaque para as quedas de 12,2% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e de 5,1% em outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Por outro lado, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, importante termômetro do setor, apresentaram alta de 1,9% sobre março. Já no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 0,3% em abril na comparação com março, com queda de 1,2% de materiais de construção.

Paraná

No Paraná, o volume de vendas em abril foram 2,3% menores do que no mesmo mês do ano passado. No ano, o setor acumula uma alta de apenas 1%, próxima da elevação nos 12 meses até abril, de 1,1%. A elevação da receita nominal do setor varejista nos últimos 12 meses foi de 7,2%, abaixo da inflação de 8,13%, medida pelo IPCA até abril. No mês da pesquisa, a receita foi apenas 3,2% maior do que no mesmo período do ano passado.

Em abril, o segmento com melhor desempenho no Paraná foi o de equipamentos de escritório e informática, com crescimento de 22,2% em relação ao mesmo mês de 2014 (e alta de 22,5% no ano). Em seguida, vem o setor de combustíveis, com elevação de 3,2% no volume de vendas em abril e alta acumulada de 1,4% no ano.

As maiores retrações no varejo foram nas áreas de móveis (- 15,9% em relação a abril do ano passado), tecidos, vestuário e calçados (-11,1%), e eletrodomésticos (-7,5%). A maior queda acumulada no ano é no segmento de livros, jornais e revistas: -11,5%.

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O comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos e de materiais de construção, registrou uma queda ainda mais forte, de 9,9%, na comparação com abril do ano passado. Em 2015, a retração acumulada é de 6,4%. O segmento de veículos, motos e peças continua sendo o mais prejudicado pela recessão. No Paraná, o volume de vendas caiu 25,4% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nos primeiros quatro meses do ano, a queda acumulada é de 17,9%.