A compra do Grupo Sonae pelo Wal-Mart, no fim do ano passado, provocou uma série de incertezas entre os fornecedores e o destino dos seus contratos. Segundo o vice-presidente de assuntos corporativos e jurídicos da rede norte-americana, Wilson Newton de Mello, no entanto, a chegada dos portugueses ampliou os negócios de muitos parceiros. Vários fornecedores do antigo gestor, lembra o executivo, foram incorporados à lista da rede. Com isso, eles passaram a atender não só as lojas com bandeiras Mercadorama e Big, como também ao Wal-Mart. "Quem antes podia vender para 15, 20 lojas, hoje pode fornecer para nossos 300 unidades do país e até para as instaladas no exterior."
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Pró Higiene, empresa com sede na Cidade Industrial de Curitiba. Até o fim do ano passado, antes da aquisição do Sonae pela rede norte-americana, a empresa produzia os absorventes íntimos de marca-própria para as bandeiras Big e Mercadorama. Depois do negócio, segundo o sócio-gerente da Pró Higiene, Sérgio Paese, a empresa passou a abastecer também seis variações do produto para as lojas Wal-Mart, vendidos com a marca Equate. "Na ocasião, eles tinham outro fornecedor, que trabalhava com um produto mais barato, mas também de qualidade inferior."
Hoje, segundo o empresário, a indústria fornece para lojas do Wal-Mart em todo país contrato que responde por 15% do seu faturamento mensal. "E a previsão é aumentar o volume produzido para a rede. Estamos negociando também para exportar absorventes de marca-própria para as lojas deles no México e na Argentina." De acordo com Paese, 60% da produção total da Pró Higiene leva em sua embalagem marcas-próprias da rede norte-americana e de outras empresas brasileiras. (CS)
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