As vendas de fertilizantes em setembro atingiram 2,203 milhões de toneladas, volume 25,3% inferior ao registrado em igual mês do ano passado (2,083 milhões) e 27,2% abaixo da média dos cinco anos anteriores (3,027 milhões). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (22) pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
No acumulado de janeiro a setembro, o volume entregue somou 18,213 milhões de toneladas e cresceu 4,09% em relação ao verificado em igual período do ano passado (17,497 milhões). As vendas nos nove primeiros meses deste ano é recorde histórico para o período.
Segundo o diretor da Anda, Eduardo Daher, o primeiro fator a ser levado em conta é a antecipação verificada no começo do ano. "Nós já vínhamos alertando que, devido ao grande volume de compras antecipadas no começo de 2008, haveria uma acomodação no segundo semestre, exatamente o que está acontecendo agora".
Daher explica que outro ponto importante que deve ser levado em conta é que em setembro teve início a crise financeira internacional, com volatilidade nos preços das commodities agrícolas e valorização do dólar. Com este cenário, o agricultor age com mais cautela, esperando que a turbulência diminua. " As relações de troca se deterioraram e estamos vivendo um crise de crédito em plena safra. A falta de dinheiro afeta principalmente a região Centro-Oeste. Nesta altura do ano, o dinheiro deveria estar fluindo e isto não está acontecendo de fato", explica Daher.
Mesmo com o momento delicado, Daher avalia que o setor de fertilizantes deve ao menos repetir os volumes comercializados no ano passado. No ranking por Estados, Mato Grosso continua na liderança, com uma compra total de 3,286 mil toneladas, seguido pelo Paraná, com 2,890 mil toneladas e São Paulo com 2,548 mil toneladas de fertilizantes compradas.
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