Apesar do impacto da crise sentido no terceiro trimestre, a indústria automotiva brasileira fechou 2008 com o melhor desempenho da história, informou nesta terça-feira a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No último ano, a indústria automotiva vendeu 4,849 milhões de unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários vendidos - número 14,3% maior do que o verificado em 2007. A previsão inicial da Fenabrave era de crescimento de 19% no ano, mas o recuo verificado no fim do ano afetou o resultado.
O setor, no entanto, já dá sinais de recuperação: depois que o governo tomou medidas como a redução do IPI e a ampliação da oferta de crédito para as empresas, as vendas se recuperaram em dezembro, após dois meses de queda. Frente a novembro, a comercialização de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no país avançou 11,54% em dezembro. Ainda assim, as vendas de 345,45 mil veículos em dezembro foram 16,39% menores que o registrado no mesmo mês de 2007.
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A queda da demanda por automóveis desde o agravamento da crise, no fim de setembro, derrubou a produção do setor, que recuou 22,6% em novembro na comparação com outubro. O resultado contribuiu para a queda de 5,2% da produção industrial nacional no penúltimo mês de 2008, pior resultado desde 1995.
Em meados do mês passado, a Fenabrave previu um recuo de 19% nas vendas em 2009 sobre 2008, mas nesta terça-feira alterou a estimativa para uma alta de 3,13% com a possibilidade de atingir 4,89 milhões de unidades.
Naquele momento, as vendas da primeira metade de dezembro mostravam retração de 3,05% sobre o mesmo período de novembro e recuo de 27,8% na comparação anual.
Também na época, o governo anunciou corte de impostos que somaram 8,4 bilhões de reais para as pessoas físicas e para a indústria automotiva para estimular a economia. Reduções no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente em veículos foram repassadas aos preços.
Para Reze, a situação do setor automotivo no Brasil é menos preocupante do que a enfrentada nos Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão. As vendas das principais montadoras recuaram mais de 30% nos EUA em dezembro.
- Quando há uma crise, há uma queda muito acentuada neste mercado. No Brasil, o mercado ainda é muito jovem, em crescimento. Ele pode dar uma parada por um período e volta a crescer. Vamos atingir essa maturidade desse mercado em pelo menos uns 10 anos, ainda temos espaço para crescer - disse, em entrevista à rádio CBN.
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