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Reflexos da crise internacional

Vendas na indústria do Paraná caem 10,66% no primeiro bimestre de 2009

A atividade industrial no Paraná teve queda de 10,66% nas vendas nos dois primeiros meses de 2009, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O dado foi apresentado pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), na quinta-feira (2). A crise financeira internacional é apontada como o principal fator para a baixa atividade das indústrias paranaenses no primeiro bimestre do ano.

Em fevereiro foi registrada uma alta de 2,42%, em relação a janeiro, mas mesmo assim o desempenho foi negativo na somatória dos dois meses (janeiro e fevereiro). De acordo com o Departamento Econômico da Fiep, a melhora ou piora da indústria paranaense ao longo do ano vai depender de pelo menos três fatores: desempenho da agricultura, evolução da taxa de juros destinada à aquisição de veículos e a evolução da construção civil.

"Com base nestes três fatores, nos próximos meses poderemos determinar de forma mais precisa qual o novo patamar de nível de vendas que a indústria paranaense terá em 2009", afirmou Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Fiep ao site do órgão.

Segundo a assessoria de imprensa da Fiep, o setor veículos automotores registrou queda de 20%, em comparação com os dois primeiros meses de 2008. Esse é o gênero que tem o maior peso relativo na indústria do Paraná e tem o desempenho ligado diretamente à concessão de crédito.

Para Schmitt, a atividade industrial em fevereiro mostrou sinais ambíguos: as vendas industriais, o nível de emprego total e a utilização de capacidade instalada aumentaram (+2,42%, +0,32% e aumento de três pontos percentuais, respectivamente); enquanto as compras de insumos e o pessoal empregado na produção declinaram (-12,77%, -0,82%, respectivamente).

"Este paradoxo é decorrente da tentativa de as empresas se ajustarem à nova situação econômica nacional e internacional. Aparentemente, a maioria dos gêneros industriais está fortemente envolvida com a identificação de sinais que permitam novamente sincronizar a produção com o consumo, tarefa complexa em um período de instabilidade", disse Schmitt.

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