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Vendas para o Dia das Mães devem cair 4,1% e preocupam comerciantes

 | Gilberto Abelha/Arquivo / Jornal de Londrina
(Foto: Gilberto Abelha/Arquivo / Jornal de Londrina)

Após um alento no início do ano, a confiança do consumidor voltou a cair em abril, atingindo o mínimo histórico na série iniciada em setembro de 2005 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A maior preocupação das famílias com o orçamento cada vez mais apertado levou o indicador a cair 2,7 pontos na comparação com março.

A queda às vésperas do Dia das Mães acende um alerta no comércio, que já vem acumulando resultados ruins desde o ano passado. Diante das dificuldades e da redução do poder aquisitivo dos brasileiros, as vendas devem seguir no vermelho. A previsão para o Dia das Mães é de queda de 4,1%, diz a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Se confirmado, este será o pior resultado desde que a CNC passou a estimar o dado, em 2004. Considerando que o Dia das Mães é a segunda principal data do varejo, atrás apenas do Natal, a entidade destacou a gravidade do quadro. “Com expectativa de retração das vendas, a contratação de trabalhadores temporários para a data deverá também ser menor”, afirmou o economista Fabio Bentes, da CNC. Neste ano, a entidade estima que serão criados 25,6 mil postos temporários, número 5,6% menor do que em 2015.

As principais opções de presentes para o Dia das Mães, segundo a CNC, devem ser artigos de uso pessoal e doméstico e itens de vestuário, calçados e acessórios.

As famílias brasileiras continuam a sentir que a situação financeira está ruim, sinal de que estão tendo dificuldades para pagar as contas do mês, seja porque perderam o emprego ou porque os reajustes de salário não estão compensando a inflação. Com isso, o indicador que mede a satisfação dos consumidores com as finanças no momento atual caiu 4,1 pontos entre março e abril. Mas o baque maior veio nas avaliações sobre o futuro. O indicador que mede o grau de otimismo com a situação financeira nos próximos seis meses despencou 8,9 pontos. Na visão dos brasileiros, o que está ruim ainda deve piorar.

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