Vigilantes que fazem a segurança nos bancos do Paraná decidiram, em uma assembleia realizada no fim da tarde desta segunda-feira (14), que vão manter o indicativo de greve para o dia 1º de fevereiro. A intenção é paralisar os serviços por tempo indeterminado para exigir o pagamento de um benefício extra de 30% no salário, estabelecido pela Lei Federal 12.740 de 2012.

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No Paraná, as empresas já fazem um pagamento de 15,5% além dos salários como adicional de periculosidade, ou seja, para cumprir a norma, elas ainda precisam fazer um incremento de 14,5% no valor do bônus.

Acordo

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O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região informou ainda que, devido à paralisação realizada nesta segunda-feira, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) agendou uma reunião para discutir o adicional de periculosidade, além do reajuste salarial da classe em 2013, para a próxima quarta-feira (16). "Com o protesto, as agências cobraram o pagamento dos 30% e também que fosse feita uma reunião, para que fossem ouvidos os vigilantes", disse a assessora de imprensa do sindicato, Marcela Alberti.

O Sindesp-PR, por meio da sua assessoria de imprensa, informou, contudo, que a reunião vai apenas discutir o reajuste salarial do ano e que mantém a decisão de não pagar o adicional enquanto o Ministério do Trabalho e Emprego não aprovar a regulamentação da lei, segundo informou sua assessoria de imprensa.

Protesto

Nesta segunda, o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região organizou um protesto para reivindicar o adicional de periculosidade no pagamento dos vigilantes, motivo pelo qual algumas agências bancárias da capital ficaram fechadas. De acordo com o previsto na Lei Federal 7.102 de 1983 – que regulamenta o plano de segurança bancária – sem segurança, as agências não podem abrir.

A Caixa Econômica Federal confirmou que a maioria das agências da instituição fechou para atendimento ao público em Curitiba. O HSBC também informou, em nota, que as operações em algumas agências poderiam sofrer impacto, mas que trabalhou para normalizar o atendimento aos clientes nestes locais. A entidade não citou o número de agências afetadas.

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Na manhã desta segunda, a reportagem da Gazeta do Povo também entrou em contato com o Banco do Brasil, Itaú e Santander para saber como esses bancos estavam operando para normalizar o atendimento aos clientes, mas não obteve retorno até as 18 horas.

Nesta terça-feira (15), de acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, os vigilantes voltam normalmente aos seus postos de trabalho.

Febraban

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, por meio de nota, que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já comunicou oficialmente a formação de um grupo técnico para redigir as condições de aplicação da lei, o que irá ocorrer após sua regulamentação.

A reportagem entrou em contato com o MTE para obter mais informações sobre o processo, mas não obteve retorno até as 19h15.

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De acordo com a Febraban, as gerências paranaenses dos bancos associados à federação serão orientadas a manterem suas atividades "operando sem guarda ou movimentação de numerário, nas agências onde houver falta do serviço de vigilância", o que, conforme a entidade, estaria de acordo com a Polícia Federal.