O Conselho da Vivendi se reúne nesta semana, sob forte discrição, com os investidores esperando que a companhia abandone os planos de comprar a GVT, depois que a espanhola Telefónica fez uma proposta maior pela companhia de telecomunicações brasileira.
Na semana passada, uma fonte próxima ao assunto disse à Reuters que o Conselho da Vivendi, maior grupo de entretenimento da Europa, deveria se encontrar no dia 14 de outubro para discutir o negócio.
A mesma fonte disse que a Vivendi também estaria pronta para vender sua fatia de 20 por cento na companhia de mídia NBUC e poderia discutir o assunto no encontro, embora nenhuma decisão sobre a venda deva sair antes de meados de novembro.
A Vivendi tem se recusado a comentar todas essas questões. Mas investidores acreditam que novidades, ao menos alguma relativa à GVT, poderão vir à tona antes do final desta semana.
Pelos termos da proposta apresentada pela Vivendi à GVT em 8 de setembro, expira em 16 de outubro o prazo para que se encerre a due diligence e se tenha a aprovação do conselho para o negócio.
"Não ouvi que o encontro do Conselho não ocorrerá. Dito isso, não está claro se teremos alguma novidade no dia do evento", um analista do setor afirmou.
A Vivendi, que controla a Maroc Telecom e a segunda maior operadora móvel da França, a SFR, está de olho na GVT como parte de seu plano de expansão em mercados emergentes e de rápido crescimento.
A Vivendi ofereceu 2,9 bilhões de dólares pela GVT. Porém, em 7 de outubro, a Telesp, operadora de telefonia fixa brasileira da Telefónica, apresentou uma contra-proposta de 3,9 bilhões de dólares em dinheiro pela GVT.
Na semana passada, analistas disseram que a expectativa é que a Vivendi jogue a toalha, porque não gostaria de pagar um prêmio elevado e porque a expansão no Brasil não é crucial para a companhia.
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