O dólar encerrou praticamente estável frente ao real nesta quarta-feira, depois de uma sessão volátil por incertezas sobre a sustentabilidade da recuperação econômica global.

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A moeda norte-americana registrou oscilação negativa de 0,05 por cento, a 1,846 real, após avançar quase 1 por cento na máxima do dia e ceder 0,9 por cento na mínima.

"O mercado (de câmbio) se comportou de maneira muito volátil, acompanhando a mudança de direção lá fora", resumiu o gerente de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer.

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Pela manhã, o temor de que o governo chinês não esteja tomando medidas para sustentar o mercado levou a bolsa de valores de Xangai a desabar mais de 4 por cento, contaminando a praça acionária europeia.

Nos Estados Unidos, os índices de ações chegaram a operar em baixa, mas dados semanais mostraram uma queda inesperada nos estoques de petróleo no país e proporcionaram uma virada no mercado. A mudança no humor veio com uma nova alta nos preços da commodity, que saltaram quase 5 por cento no fechamento em Nova York.

O quadro permitiu que os principais índices de ações norte-americanos e brasileiro passassem a subir.

"Essas mudanças de tom do mercado num mesmo dia espelham a volatilidade que ainda está muito presente no cenário externo, com a falta de certeza sobre o que pode acontecer mais à frente", avaliou Knauer.

No encerramento dos negócios no mercado de câmbio local, o dólar caía 0,6 por cento ante uma cesta com as principais divisas mundiais.

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Fluxo e compras do BC

O Banco Central informou nesta quarta-feira que o fluxo cambial para o Brasil está positivo em 2,022 bilhões de dólares nos 10 primeiros dias úteis de agosto, com superávit tanto no segmento comercial quanto no financeiro.

Em julho, o fluxo cambial havia ficado positivo em 1,27 bilhão de dólares. No ano, o país acumula entrada líquida de 5,957 bilhões de dólares.

O BC também informou que comprou 1,301 bilhão de dólares no mercado de câmbio à vista, em operações liquidadas também até o dia 14.

Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, a trajetória ainda deve ser de queda do dólar ante o real, influenciada pelas perspectivas de sustentação dos ingressos de recursos no mercado local.

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"Mas estamos muito atentos a tudo que acontece lá fora, e qualquer informação negativa pode mexer com o (mercado de) câmbio e reverter essa tendência", avaliou. "Ainda continuamos muito ligados ao cenário externo."