A diversidade de fatores que interferem nos ganhos dos produtores agrícolas torna difícil traçar uma cotação ideal de dólar para o setor, explica André Pessoa, sócio-diretor da consultoria Agroconsult. "Cada produtor tem um nível de cotação que dá um ponto de equilíbrio de câmbio, depende do próprio câmbio, da safra daquele ano, do cenário internacional", diz ele.

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Este ano, exemplifica Pessoa, se fosse considerado apenas o cenário nacional, os produtores de café teriam enfrentado uma dura crise. "Só que os baixos estoques internacionais permitiram que os produtores brasileiros não sofressem tanto com o câmbio valorizado, já que os preços internacionais subiram", explica.

"O mais relevante para a agricultura não é o nível do câmbio, mas o grau de volatilidade. Se até a próxima colheita, em março, o dólar continuar como está, os problemas serão menores. O produtor não vai ser surpreendido com uma receita menor do que a esperada", avalia o consultor.

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