A Volkswagen fará nesta quinta-feira (3) o anúncio oficial da produção da sétima geração do Golf, a partir de 2015, na fábrica de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O CEO da marca no país, Thomas Schmall, reúne-se pela manhã com a presidente Dilma Rousseff em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e logo depois falará a jornalistas sobre os investimentos destinados à viabilização do projeto do novo Golf e consequente ampliação da planta paranaense.
A comitiva da VW também visitará o governador Beto Richa na próxima segunda-feira (7/10) para formalizar esse aporte. A audiência está marcada para as 14h30, no Palácio Iguaçu, em Curitiba.
O investimento da marca alemã na unidade do Paraná será de R$ 670 milhões, conforme o protocolo de intenções assinado com o executivo estadual em agosto passado. A quantia complementará os R$ 504 milhões já divulgados pela Audi há algumas semanas para a fabricação local dos modelos A3 Sedan e Q3. Como ambos usam a mesma plataforma do novo Golf (que acaba de chegar ao Brasil importado da Alemanha), havia um caminho natural para a nacionalização do hatch médio da VW. Assim, as empresas retomam a dobradinha no Complexo Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, encerrada há sete anos -- durou de 1999 a 2006 com a produção em conjunto da primeira geração do A3 e da quarta geração do Golf.
A onda de anúncio de investimentos de montadoras no Brasil foi estimulada pela adoção do regime Inovar-Auto, que praticamente obriga os fabricantes a instalarem linha de produção no país com objetivo de não pagar impostos ainda mais altos. A lista é extensa e já conta com as alemãs VW, BMW, Mercedes-Benz e Audi; as chinesas JAC Motors e Chery; as japonesas Nissan, Toyota, Honda e Mitsubishi; além da italiana Fiat. A Land Rover será a próxima a fincar raízes no Brasil, com uma fábrica provavelmente no Rio de Janeiro.
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