A Volvo Penta, marca de motores da montadora sueca, anunciou na última quinta-feira (28) que vai nacionalizar a produção dos motores industriais de 13 litros. A partir do primeiro semestre de 2016, o equipamento, atualmente importado da Suécia, será produzido na fábrica da Volvo em Curitiba, sede do grupo na América Latina.
Com um investimento total de R$ 10 milhões, que inclui da adequação da estrutura fabril às estratégias de lançamento, a produção nacional deve atender à demanda de toda a América do Sul nos setores de energia – principal foco –, construção, mineração, agrícola e movimentação de cargas em portos.
Segundo Gabriel Barsalini, vice-presidente da Volvo Penta na América do Sul, a crise econômica não intimidou os planos, já que é uma estratégia de longo prazo da empresa. “Com a expansão da demanda por energia, vimos uma oportunidade de consolidação no mercado como fornecedores, considerando também a busca de fontes alternativas de energia em decorrência da crise hídrica”, diz.
Segundo ele, a produção terá capacidade para atender toda a demanda nacional e atingir 100% do mercado. Com a nacionalização, os motores poderão ser vendidos com financiamentos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Líder no segmento de motores marítimos de lazer no Brasil, a Volvo Penta trabalha desde 2012 na estruturação de sua área de motores industriais de grande porte. “Aproveitamos a sinergia do grupo e a semelhança com a Volvo Construction Equipment, inclusive na parceria com fornecedores e distribuidores”, diz Barsalini.
Para comercialização, a empresa deve utilizar sua atual rede de distribuição, que teve o número de pontos triplicado nos últimos anos e hoje conta com 41 centros de atendimento autorizados, incluindo os distribuidores Tracbel, Entreposto e Linck. Diferentemente do setor automotivo, com foco nas grandes cidades, o industrial conta com uma rede estruturada no interior do Brasil e, em 80% dos atendimentos, os profissionais da empresa vão até o cliente.
“É um diferencial estratégico para garantir maior agilidade e qualidade no atendimento”, diz João Zarpelão, diretor de motores industriais da Volvo Penta na América do Sul. Segundo ele, a proposta da marca é oferecer o máximo de potência, ocupando o menor espaço possível, além de oferecer um impacto ambiental 256% menor do que os motores disponíveis no mercado nacional atualmente.