A Votorantim Industrial reverteu prejuízo registrado um ano antes e lucrou R$ 514 milhões no segundo trimestre, uma vez que todas as linhas de negócio do grupo apresentaram crescimento, mas despesas ligadas à gestão do endividamento impediram a companhia de obter resultado ainda melhor.
A empresa, cujas atividades vão de cimento a metais, passando por mineração, aço e celulose, teve aumento de 13% no resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), para R$ 1,48 bilhão, contra o segundo trimestre do ano passado.
O resultado ajudou a empresa a reverter prejuízo líquido de 307 milhões de reais registrado no período de abril a junho de 2013.
O crescimento do Ebitda foi apoiado em elevações de preços e na depreciação do real frente ao dólar.
A área de cimento, principal do grupo, teve crescimento de 4% na receita líquida, a R$ 3,23 bilhões, favorecida pelas elevações de preços no Brasil, Europa e América do Norte e com destaque para a recuperação de vendas no mercado norte-americano. O Ebitda da Votorantim Cimentos subiu 2%, a R$ 913 milhões de reais.
No segmento de metais, houve aumento dos preços de alumínio, níquel e zinco. A queda na demanda por alumínio em alguns setores e das vendas do metal permitiu ganhos com a venda do excedente de energia que seria usada na produção, o que contribuiu para crescimento de 66% do Ebitda do segmento, a R$ 386 milhões.
No segundo trimestre, a Votorantim Industrial teve despesa de R$ 484 milhões com a recompra de títulos da dívida emitidos em dólar com vencimentos em 2019, 2020 e 2021 e de bônus em euros com vencimento em 2017. As operações foram combinadas com a emissão de novos títulos com vencimentos mais longos e menores juros para reduzir a exposição a dívidas em moeda estrangeira e estender o prazo médio da dívida.
As operações permitiram que a participação de moeda estrangeira na dívida da Votorantim Industrial recuasse para 57%, ante 63% no mesmo período do ano passado. A dívida líquida totalizou R$ 17,1 bilhões e a alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda ficou em 2,85 vezes no segundo trimestre, ante 2,98 vezes no primeiro trimestre.
Não fosse a recompra, o lucro líquido da empresa teria sido de R$ 998 milhões no segundo trimestre.
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