A Bolsa de Nova York terminou em forte queda nesta segunda-feira (21), refletindo o temor dos mercados em relação à indefinição do país sobre os cortes do orçamento, o que pode gerar a redução da nota da dívida americana.
Segundo cifras definitivas, o Dow Jones perdeu 2,11%, fechando aos 11.547,31 pontos, e Nasdaq perdeu 1,92%, aos 2.523,14 pontos. Já o Standard and Poor's 500 recuou 1,86%, fechando a 1.192,98 pontos.
O Dow Jones, que já tinha perdido 3% na semana passada, chegou nesta sessão a seu nível mais baixo em um mês.
"A situação em Washington se deteriorou no domingo, o que demonstra que para todos os países industrializados é muito difícil superar os problemas da dívida pública", disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management.
Em os EUA, a "supercomissão" no comando do Congresso para resolver a dívida seguia sem definição nesta segunda-feira, a dois dias do prazo limite. Caso não haja acordo até quarta-feira, um mecanismo de cortes de gastos automático será desencadeado.
"O problema é como vai ser a atuação da Fitch, Moodys e Standard and Poor's em relação a isso, pois elas já reduziram a nota dos EUA em agosto, com base na incapacidade do país em chegar a um acordo", disse Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.
Os investidores americanos também estiveram atentos à Europa, com o mercado voltando sua atenção principalmente sobre a França, com a Moody's destacando os riscos existentes sobre o rating "AAA" do país.
Paralelamente às preocupações, as vendas de imóveis usados aumentaram 1,4% nos EUA em outubro na comparação com setembro, para 4,97 milhões, segundo dados da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês), divulgados nesta segunda-feira.
No mercado obrigatório, o rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos caiu para 1,962%, contra 2,012% na sexta à noite. Já os títulos a 30 anos ficaram a 2,945%, contra 2,996% na véspera.
Na América Latina, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a sessão em queda de 0,79%.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast