A fabricante de equipamentos elétricos Weg quer aumentar a lucratividade no negócio de produção de turbinas eólicas para dobrar a participação no mercado, hoje em cerca de 10%, disse o diretor da empresa para o segmento, João Paulo Gualberto.
“Temos um plano de eventualmente chegar a 20% do mercado de aerogeradores do Brasil a partir de 2018, 2019”, afirmou o executivo.
Mas o plano depende da construção de nova fábrica, decisão atrelada ao sucesso em aumentar as margens no segmento, hoje abaixo das praticadas pela Weg em suas demais atividades, e da demanda nos próximos leilões de energia.
“Nosso objetivo é atingir em 2017 um nível de lucratividade igual ao que o grupo tem nas outras divisões”, disse Gualberto. O executivo explicou que as turbinas eólicas têm um elevado faturamento e, quando geram menos lucro que as demais atividades, prejudicam o resultado.
“Precisamos, antes de dobrar capacidade, ter certeza de que o resultado será melhor do que hoje. Tem melhorado bastante com ações (de corte de custos) e os preços de venda também melhoraram bastante”, apontou o diretor.
A Weg decidiu investir para se tornar uma produtora de equipamentos eólicos em 2010. No ano passado, iniciou a entrega das primeiras máquinas e a previsão é terminar este ano com pouco mais de 200 megawatts instalados.
Produção
As turbinas são produzidas em Santa Catarina, numa fábrica com capacidade de entregar 250 megawatts ao ano, que está com boa parte da capacidade instalada ocupada para os próximos anos.
“Em 2016 temos condições de entregar aerogeradores ainda. E temos carteira completa em 2017 e no primeiro semestre de 2018”, disse Gualberto.
Segundo ele, existem várias negociações em curso, incluindo com investidores que haviam comprado máquinas da argentina Impsa, que pediu recuperação judicial, buscam novos fornecedores.
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