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O diretor do curso de Direito da UFPR, Luiz Alberto Machado, cogita uma ação judicial para acabar com a obrigatoriedade do Exame de Ordem. "A prova é inconstitucional", diz. Segundo ele, a Constituição prevê que é missão das universidades formar os advogados e, por isso, não é necessário que o bacharel tenha que passar por outro teste para poder trabalhar.

A idéia de Machado é impulsionada pelos baixos índices de aprovação registrados no teste promovido pela OAB-PR e, principalmente, pela falta de participação dos professores universitários do estado na formulação da prova. "Os advogados não estão preparados para avaliar o conhecimento, quem tem capacidade para isso são os professores. Não é com um monte de pegadinhas que você mostra o que alguém sabe", afirma.

O diretor diz que a seção paranaense faz a prova com a única intenção de reprovar os alunos. "Essa história de baixa aprovação virou um espetáculo de mídia para a Ordem, que não quer examinar, quer é fazer reserva de mercado." Para ele, a maioria dos alunos da UFPR tem capacidade comprovada pela excelência conquistada em todas as edições do extinto Provão, quando sempre atingiu a nota máxima em todos as avaliações.

Machado nega que a instituição tenha perdido qualidade com a saída de alguns professores, como alega o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-PR, Ivo Harry Celli Júnior. "Temos o mesmo quadro de sempre, com professores qualificados, mestres e doutores que estudaram fora do país. Faço um desafio: vamos ver se algum dos avaliadores da OAB-PR tem a capacidade de fazer uma discussão conosco sobre Direito."

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