Bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) estão sendo obrigados a pagar taxas de matrícula e mensalidades, em Curitiba. As vagas ofertadas no período normal do programa não foram preenchidas totalmente em algumas instituições de ensino superior. Por isso, universitários que já estavam estudando ganharam bolsas remanescentes.
Uma aluna da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que prefere não se identificar, conta que a instituição está cobrando três mensalidades e a taxa de matrícula, o equivalente a R$ 2.400.
A estudante explica que não foi aceita a primeira inscrição que fez no Prouni e que não teria iniciado o curso se não tivesse recebido a orientação de uma assistente social para assistir às aulas. A bolsa da aluna só foi aprovada em abril. "Se eu entrei no Prouni é porque não tenho como pagar", desabafa.
A PUC-PR diz que a orientação para fazer a cobrança partiu do próprio Ministério da Educação (MEC), após uma consulta à Coordenação Geral de Relações Estudantis. A universidade ofereceu 533 vagas no programa, das quais cerca de 200 são remanescentes e foram concedidas após o início do ano letivo.
Por meio da assessoria de imprensa, o MEC informou que o Prouni só é válido com a formalização do termo de concessão da bolsa e que o período anterior depende de acordos feitos entre os alunos e a faculdade.
O Prouni começou neste ano, com 112 mil vagas para os estudantes de baixa renda. A bolsa integral é dada a quem tem renda familiar não superior a 1,5 salário mínimo (R$ 450) e a parcial é voltada para pessoas cuja renda não exceda três salários mínimos (R$ 900).
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