Seguindo a decisão da Polícia Civil, professores de universidades estaduais do Paraná que pararam as atividades por três dias nessa semana voltaram a discutir nesta quinta-feira (20) a continuidade de greve e decidiram manter os braços cruzados. Representados pelo Sindiprol/Aduel, docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e campus Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) optaram por continuar a paralisação até o desenrolar das negociações com o governo.
Nas duas últimas instituições, a decisão veio depois do anúncio feito pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, no início da tarde desta quinta-feira (20), de que o governo deve retirar o projeto que suspense a data base dos servidores estaduais, caso as categorias encerrem as paralisações. Segundo o governo, esgotadas as negociações até 30 de novembro, ainda poderão ser tomadas medidas para manter o equilíbrio financeiro do estado, como a apresentação de uma novo projeto ou o que deve ser retirado.
Na UEL, professores votaram pela manhã a continuidade do movimento. “Mesmo com esse documento, os professores decidiram se manter em greve enquanto organizam assembleias nos centros das universidades para decidir sobre a proposta do governo”, explicou o presidente do Sindiprol/Aduel, Renato Barbosa.
Conforme ele, só depois de realizar assembleias por área, o comando geral de greve da entidade convocará uma assembleia geral para a categoria. A deliberação final deve ser apresentada entre os dias 25 e 26 de outubro. A base do Sindiprol/Aduel tem cerca de 2,3 mil professores universitários.
Seguem em mobilização ainda professores dos demais campus da Unespar, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Oeste (Unioeste). Na Unicentro, a Aducentro pré-agendou para o dia 27 de outubro assembleia geral com a categoria. A greve na instituição foi votada dia 19 e começa na próxima segunda-feira (24). As demais instituições ainda não têm uma data definida para assembleias gerais.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião