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discórdia

Congresso da UNE tem bate-boca apesar de discurso de unidade

Marianna Dias, nova presidente da UNE: discurso de união | Bruno Bou Haya RibeiroCUCA / UNE
Marianna Dias, nova presidente da UNE: discurso de união (Foto: Bruno Bou Haya RibeiroCUCA / UNE)

A “unidade” da esquerda celebrada por Marianna Dias, a nova presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), parece ter ficado apenas no discurso. 

Durante o 55° Congresso da entidade encerrado neste domingo, militantes da UJS (União da Juventude Socialista) trocara empurrões com representantes dos coletivos Juntos! e Oposição de Esquerda. 

As imagens foram divulgadas nas redes sociais:

UJS DÁ UM SHOW DE "DEMOCRACIA"Vídeo flagra o momento da confusão durante a mesa do Congresso da UNE - União Nacional...

Publicado por Não fechem minha escola em Quinta, 15 de junho de 2017

Em outro vídeo, jovens com a bandeira da UJS aparecem interrompendo um grupo de trabalho no Congresso da UNE, o que gera troca de palavras de ordem e bate-boca. 

CONUNE | Em ação coordenada, juventude do PCdoB ocupa com baterias a frente do maior grupo de trabalho que ocorria no Congresso, mas estudantes mantêm debate.

Publicado por MAIS em Sexta, 16 de junho de 2017

Procurados pela reportagem da Gazeta do Povo, nenhum dos movimentos envolvidos retornou as ligações até a publicação. 

Nova presidente 

Eleita presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) no último domingo (19), Marianna Dias, 25, conquistou 79% dos votos dos estudantes reunidos no último dia do 55º Congresso da UNE, em Belo Horizonte (MG). 

Filiada ao PC do B, ela defendeu a união das frentes de esquerda. "Por meio da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, conseguimos fazer grandes mobilizações de rua unitárias, com todos os movimentos de esquerda que fazem parte da UNE", disse em entrevista à Folha de São Paulo. Com chapa composta também por movimentos ligados ao PT, PDT e PSB, ela afirma também que “a esquerda atingiu um nível de unidade nunca antes visto na história do país”. 

Hegemonia 

O PC do B ocupa papel majoritário na UNE desde a década de 1990. De acordo com Marianna, a hegemonia não é prejudicial já que a entidade “é democrática, consegue lidar com o diferente e construir consensos por meio de muito debate”. 

Na eleição, a chapa encabeçada por Marianna venceu outros quatro adversários: a chapa “Fora Temer, rumo à greve geral contra as reformas” ficou em segundo lugar, com 690 dos votos (14,33%), seguida pelas chapas “Vem que a UNE é nossa”, com 148 dos votos (3.09%); “Fora Temer, eleições gerais já. Mutirão na UNE”, com 85 dos votos (1,77%) e “Reconquistar a UNE: por nenhum direto a menos, fora temer, diretas já!”, com 84 dos votos (1,75%).

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