Crianças que tiveram acesso a livros obtiveram melhores salários e oportunidades na vida adulta se comparadas àquelas que leram pouco ou nada na infância. Esse foi o resultado de um estudo publicado no The Economic Journal, feito a partir da análise da vida de 6 mil homens de nove países europeus, que tinham 10 anos em 1920.
Os pesquisadores examinaram meninos que cresceram em casas com menos de 10 livros, outros que tinham à disposição uma estante cheia de livros, e um terceiro grupo que convivia em sua residência uma biblioteca de 100 volumes ou mais.
No período pesquisado, o levantamento constatou que um ano a mais de estudo representava um aumento de 9% no salário médio de um homem. Os rendimentos, no entanto, eram diferentes de acordo com o contexto socioeconômico das famílias.
Homens criados com menos de uma prateleira de livros ganhavam só 5% a mais, mesmo tendo mais um ano de estudo, enquanto que o aumento foi de 21% para aqueles nas mesmas circunstâncias que tinham acesso a bibliotecas recheadas. Além disso, os que cresceram em residências com mais livros alcançaram mais rápido postos de trabalho melhores, mesmo tendo a mesma escolaridade dos outros.
Os pesquisadores são prudentes ao apontar os motivos desse resultado. “Talvez os livros sejam importantes porque encorajam as crianças a lerem mais e a leitura tem efeitos positivos no rendimento escolar. Por outro lado, uma casa cheia de livros indica condições socioeconômicas vantajosas”, cita o estudo feito pelos economistas italianos Giorgio Brunello, Guglielmo Weber e Christoph Weiss, da Universidade de Padova.
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