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Para Bruna Queiroz Mendes, que prestou o vestibular em 2011, a prova de alemão não tem tantas pegadinhas como a de inglês | Antônio More / Gazeta do Povo
Para Bruna Queiroz Mendes, que prestou o vestibular em 2011, a prova de alemão não tem tantas pegadinhas como a de inglês| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Segurança que veio do intercâmbio

A estudante Bruna Queiroz Mendes, 19 anos, passou um ano na Alemanha durante o ensino médio e, mesmo sem ter feito um curso de Alemão, a vivência no país garantiu a ela a segurança necessária para optar pela língua germânica no vestibular. Em 2011, ela fez a prova como treineira e percebeu que o nível de dificuldade é acessível ao seu vocabulário. "Não fazem tantas pegadinhas como nas provas de inglês. Os textos são simples e não exigem gramática", avalia Bruna.

Exigência

Apesar de os professores considerarem os níveis de dificuldade das provas de língua estrangeira diferentes, conforme o idioma escolhido, o coordenador do Núcleo de Concursos da UFPR, professor Raul Von der Heyde, garante que as provas das cinco línguas ofertadas têm o mesmo nível de exigência. "A diferença está no preparo de cada candidato, não na dificuldade das provas", afirma.

57,4% dos candidatos

optaram pela prova de inglês na última edição do vestibular da UFPR. O espanhol foi escolhido por 41,6% dos cerca de 50 mil inscritos. Italiano (0,45%), alemão (0,25%) e francês (0,23%) concentram uma minoria entre os vestibulandos.

Com a abertura das inscrições para os vestibulares de verão, uma dúvida comum a quem nunca fez um curso de idioma é que opção escolher para a prova de língua estrangeira. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, os candidatos podem decidir entre inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, mas professores de idiomas de vários cursos de Curitiba concordam que o grau de dificuldade varia entre as provas.

Docentes de Inglês e de Espanhol recomendam que quem não tem fluência em nenhum idioma deve optar pela prova de Língua Espanhola. "Nos últimos anos, a prova de Espanhol da UFPR têm sido mais fácil que a de Inglês, especialmente por causa do número de expressões de derivação latina", diz o professor de Inglês Renato Baggio, do curso Acesso.

A proximidade entre o português e o castelhano está entre as justificativas do professor Jaime Marinero, que ministra aulas de Espanhol em vários cursos preparatórios, para que a opção de estudantes com conhecimento entre básico e intermediário em qualquer idioma seja a prova de língua espanhola. "Mesmo alguém que nunca teve aulas de Espanhol pode fazer a prova. Um simples dicionário de sinônimos já é um bom instrumento de estudo", considera.

Marinero alerta, no entanto, para que se tenha cuidado com vocabulários específicos que confundem falantes de português, como o termo "surdo", que em castelhano significa canhoto e não uma pessoa sem audição.

Inglês

Para quem optar pela prova de Inglês, o professor Jomar das Chagas Lima, do curso Decisivo, lembra que os textos que costumam aparecer nos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio [Enem] são jornalísticos, sem grandes dificuldades de compreensão para quem domina o chamado inglês instrumental. Quanto à temática, a prova da UFPR tem dado destaque a textos sobre saúde, economia ou tecnologia.

Embora admita que seja necessária alguma orientação para obter um bom desempenho nas provas, Lima afirma que o inglês é mais familiar aos estudantes do que eles mesmos consideram. "O idioma está presente no dia a dia, nas músicas, na internet, na tevê. Muita gente não tem consciência do potencial que possui em Língua Inglesa."

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