Com a abertura das inscrições para os vestibulares de verão, uma dúvida comum a quem nunca fez um curso de idioma é que opção escolher para a prova de língua estrangeira. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, os candidatos podem decidir entre inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, mas professores de idiomas de vários cursos de Curitiba concordam que o grau de dificuldade varia entre as provas.
Docentes de Inglês e de Espanhol recomendam que quem não tem fluência em nenhum idioma deve optar pela prova de Língua Espanhola. "Nos últimos anos, a prova de Espanhol da UFPR têm sido mais fácil que a de Inglês, especialmente por causa do número de expressões de derivação latina", diz o professor de Inglês Renato Baggio, do curso Acesso.
A proximidade entre o português e o castelhano está entre as justificativas do professor Jaime Marinero, que ministra aulas de Espanhol em vários cursos preparatórios, para que a opção de estudantes com conhecimento entre básico e intermediário em qualquer idioma seja a prova de língua espanhola. "Mesmo alguém que nunca teve aulas de Espanhol pode fazer a prova. Um simples dicionário de sinônimos já é um bom instrumento de estudo", considera.
Marinero alerta, no entanto, para que se tenha cuidado com vocabulários específicos que confundem falantes de português, como o termo "surdo", que em castelhano significa canhoto e não uma pessoa sem audição.
Inglês
Para quem optar pela prova de Inglês, o professor Jomar das Chagas Lima, do curso Decisivo, lembra que os textos que costumam aparecer nos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio [Enem] são jornalísticos, sem grandes dificuldades de compreensão para quem domina o chamado inglês instrumental. Quanto à temática, a prova da UFPR tem dado destaque a textos sobre saúde, economia ou tecnologia.
Embora admita que seja necessária alguma orientação para obter um bom desempenho nas provas, Lima afirma que o inglês é mais familiar aos estudantes do que eles mesmos consideram. "O idioma está presente no dia a dia, nas músicas, na internet, na tevê. Muita gente não tem consciência do potencial que possui em Língua Inglesa."