Uma rede de contatos internacional
O engenheiro florestal Fernando Campos (na foto acima, com óculos escuros), 27 anos, se inscreveu a um mestrado Erasmus Mundus no último ano da faculdade, após o conselho de um professor. De 2009 a 2011, ele participou do MSc European Forestry e passou por sete universidades europeias ao lado de 15 estudantes de 11 países. No segundo ano, Campos optou por estudar na Universidade de Freiburg, na Alemanha. "O grande diferencial do programa reside na mobilidade acadêmica e seu caráter internacional", conta. Ele diz que com o valor recebido foi possível viver tranquilamente, pagando despesas com acomodação, alimento e transporte. Ele também conseguiu viajar e guardar algum dinheiro.
Saiba como se candidatar a uma vaga no programa que oferece bolsas de estudos na Europa
O QUE É O ERASMUS?
Criado em 1987 pela Comissão Europeia, o objetivo do programa era aumentar a mobilidade de estudantes europeus dentro da própria Europa. A abertura da candidatura a não europeus ocorreu em 2004. Cinco anos depois, o programa foi ampliado para doutorados. Ele é mantido pela Agência Executiva de Educação, Audiovisual e Cultura (Eacea).
QUEM PODE PARTICIPAR?
O programa é voltado a quem não é europeu. Para se candidatar a uma bolsa integral não existe restrição de idade ou renda. Pessoas casadas e com filhos também podem participar. A candidatura é feita diretamente no site do curso pretendido (no caso da Ação 1) ou por meio da instituição da qual faz parte (Ação 2).
QUAIS SÃO AS MODALIDADES?
As opções de programas são divididas basicamente em Mestrados e Doutorados Conjuntos, chamados de "Ação 1", para candidatos de qualquer país fora da União Europeia, e intercâmbios acadêmicos, ou "Ação 2", para estudantes ou professores vinculados a uma universidade parceira do Erasmus Mundus. Atualmente, participam da Ação 2 as universidades federais do Acre, Rio de Janeiro, Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraíba.
QUE NÍVEL DE IDIOMA É PRECISO TER?
Varia conforme a universidade e o curso. Um bom nível de inglês é exigência de 85% dos cursos. Idiomas adicionais podem contar pontos na hora da seleção.
COMO SE CANDIDATAR?
O primeiro passo é acessar o site do programa e conhecer as opções disponíveis na lista de mestrados e doutorados Erasmus Mundus. É possível se candidatar a, no máximo, três cursos diferentes. No site do curso escolhido estão as informações sobre a duração do curso, pré-requisitos, taxas e processo de candidatura. Atenção aos prazos: as inscrições foram abertas em setembro e outubro e terminam, na maioria dos cursos, em dezembro ou janeiro. A resposta sobre a bolsa costuma ser enviada até abril e o semestre é iniciado em setembro ou outubro do ano seguinte.
QUE DOCUMENTOS SÃO PEDIDOS?
Além da documentação traduzida referente à formação acadêmica e carta de recomendação, as universidades costumam pedir o currículo profissional e uma carta de motivação, também chamada de carta de apresentação. Nesse documento, o candidato explica o motivo pelo qual escolheu aquele curso e universidade e faz seu marketing pessoal. Alguns programas de mestrado ainda pedem um pré-projeto, documento geralmente cobrado nos doutorados.
QUAL O VALOR DA BOLSA?
O auxílio cobre custos com alimentação, moradia e algumas despesas com materiais acadêmicos. Ele varia conforme o nível dos estudos e sua duração. A brasileiros na Ação 1, os valores são: 24 mil euros por ano para mestrados e de 60 mil euros a 130 mil euros para doutorados de três anos. Desde 2004, mais de 500 bolsas foram concedidas a brasileiros. A inscrição é gratuita.
Fontes: Giselle Pinheiro Arcoverde, representante no Brasil da Associação de Alunos e Ex-Alunos do Erasmus Mundus e site do programa.
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