Vida e Cidadania | 2:52
Estudantes e especialistas debateram detalhes sobre a realização do evento. As manifestações, gastos e, claro, a nossa seleção, foram os temas mais levantados pelos mais de 100 participantes do encontro realizado no teatro Paiol.
A Copa chegou e, apesar dos inúmeros problemas, protestar agora não trará de volta o dinheiro investido. Mesmo assim, o patriotismo do brasileiro amadureceu com a vinda do evento e passou a influenciar realidades que não ficam restritas ao futebol. Foi nessa linha que os debatedores do Papo Universitário, promovido na última quarta-feira, fizeram suas análises. Com o tema "O Mundial chegou!", o evento reuniu especialistas e estudantes no Teatro Paiol, em Curitiba.
As opiniões mais críticas ao torneio partiram de Bianca Teixeira, integrante do projeto de mobilização Imagina na Copa. Ela relembrou a construção de caros estádios onde nem sequer há times de futebol para usá-los e as desapropriações de residências ocorridas em algumas cidades-sede. Bianca também definiu como incoerente a ação do governo em atender aos pedidos da Fifa, mas não suprir as necessidades sociais reclamadas por seus cidadãos.
Mesmo assim, a ativista diz separar as críticas ao evento da torcida pelo time brasileiro. "As duas coisas não são excludentes. Você pode torcer pela seleção, mas não pode esquecer que também somos campeões em corrupção e contra isso é preciso protestar", disse.
Ainda vinculando protestos e Copa do Mundo, o narrador esportivo e colunista da Gazeta do Povo, Luiz Augusto Xavier, afirmou ver uma mudança na vivência do patriotismo do brasileiro. Se no passado eram apenas os eventos esportivos que estimulavam uma união mais participativa dos cidadãos, as manifestações que vêm ocorrendo são um exemplo de que o brasileiro está aprendendo a lutar pelo que é melhor para o país também em outras situações.
Legado
Apontando os benefícios que a competição trará à economia do país, o presidente do Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau, Dario Luiz Paixão, disse que o evento desenvolverá como nunca o setor de turismo e hospedagem. Ele citou ainda a área de segurança pública como potencialmente beneficiada pela Copa. "As polícias nunca se conversaram tanto como estão fazendo agora", disse.
A defesa mais enfática do evento foi feita pelo cientista social e professor da UFPR Ricardo Costa de Oliveira. Ele definiu como uma grande conquista a vinda da Copa para o país e que os estádios que não forem usados para o futebol após o evento podem servir às cidades com outros serviços sociais, em áreas culturais, por exemplo.
Papo Universitário - O Mundial chegou!
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