Três jovens engajados e preocupados com o futuro do Brasil estarão no centro do debate no próximo Papo Universitário, que terá sua terceira edição de 2013 nesta quarta-feira, em Curitiba. Clarissa Maçaneiro Viana, Luan de Rosa e Souza e Pedro Veiga conversarão com a plateia formada principalmente por estudantes sobre as razões que levaram milhares de pessoas às ruas, as bandeiras defendidas pelo povo e o vandalismo desencadeado em parte dos atos.
Com 22 anos, Clarissa é estudante de Direito da UFPR, militante dos movimentos estudantil e feminista, faz parte do coletivo Rompendo Amarras e participou da Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba. Ela começou sua militância nos primeiros anos de faculdade, participando de eleições estudantis e envolvendo-se com a causa feminista. "Acredito que o que levou milhares de pessoas a protestarem foi a busca por mais direitos e uma crítica ao modo como a política é feita hoje. As pessoas querem decidir por elas mesmas, participar dos espaços políticos e definir as prioridades dos governos", afirma.
O mais novo do trio, Luan de Rosa e Souza, 19 anos, tenta uma vaga no curso de Direito. Compositor, produtor e coreógrafo, Souza é o coordenador nacional do movimento social Dia do Basta e entre as causas que defende estão a cicloativista, a socioambientalista e a cultural. Esse envolvimento intenso teve início há dois anos, quando ele conheceu o movimento cultural e passou a entender o contexto dos protestos. Contrário a ações de vandalismo, Souza defende que atos destrutivos e de violência afastam as pessoas de movimentos sociais que buscam legitimidade.
Fundador e diretor-presidente do Instituto Atuação, Pedro Veiga, aos 21 anos, também é acadêmico de Direito e integra a comunidade Global Shapers. O interesse de Veiga pela política e por manifestações populares foi despertado com a série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo. Ele foi responsável por mobilizar estudantes do Unicuritiba a participarem do movimento O Paraná que Queremos, o que desencadeou a criação do Atuação, que busca combater a apatia social e o desconhecimento político. "Os partidos hoje estão com uma crise de representatividade muito grande. As pessoas não conseguem se identificar com eles", afirma Veiga, sobre o desejo da população em promover manifestos apartidários.